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Metafísica do Caos

 

Na realidade ele não tem qualquer relação com o Caos enquanto tal, com o Caos no sentido grego original do termo. É ao invés um tipo máximo de confusão. René guénon chamou a era na qual vivemos agora de uma era de Confusão. A Confusão significa o estado de ser que sucede a ordem e a precede. Assim nós devemos fazer uma distinção clara entre dois conceitos diferentes. Por um lado nós temos o conceito moderno de caos que representa pós-ordem ou uma mistrua de fragmentos contraditórios de ser sem qualquer unidade e ordem, ligados entre si por correspondências e conflitos pós-lógicos altamente sofistsicados. Gilles Deleuze chamou esse fenômeno de um sistema não co-possível composto pela multiplicidade das mônadas (usando o conceito de mônadas e co-possibilidade introduzido por Leibiniz) tornando-se para Deleuze "as nômadas". Deleuze descreve a pós-modernidade como uma soma de fragmentos não co-possíveis que podem coexistir. Isso não era possível na visão leibniziana da realidade baseada no princípio da co-possibilidade. Mas dentro da pós-modernidade nós podemos ver elementos excludentes coexistindo. As mônadas não-co-possíveis ("nômadas") não-ordenadas enxameando ao redor poderia parecer o caótico, e nesse sentido nós normalmente usamos a palavra caos no linguajar quotidiano. Mas estritamente falando nós deveriamos diferenciar.

Quarta Teoria Política (Excerto)

"Finalmente, o que se pode tomar emprestado do liberalismo? Aqui, como sempre, precisamos começar justamente com aqueles aspectos que não devem ser tomados de empréstimo. Talvez, nesse caso, exista uma descrição clara e bastante bem detalhada novamente em Alain de Benoist (Contra o liberalismo: rumo à quarta teoria política) , ao qual eu constantemente me refiro em minha explanação. Ora, o liberalismo é o principal inimigo da “Quarta Teoria Política”, a qual é construída especificamente com base na oposição a ele. No entanto, mesmo nele, como foi o caso com as outras teorias políticas, existe algo importante e existe algo secundário. O liberalismo, como um todo, apoia-se no indivíduo como bloco que o forma. Essas partes é que são tomadas como um todo. É talvez por essa razão que o “círculo hermenêutico” do liberalismo mostrou-se o mais durável: ele possui as menores órbitas e rotaciona ao redor de seu sujeito – o indivíduo. Para despedaçar esse círculo, devemos atingir o indivíduo, aboli-lo e lançá-lo na periferia das considerações políticas. O liberalismo está bastante ciente dessa ameaça e por isso empreende repetidas batalhas contra todas as ideologias e teorias – sociais, filosóficas e políticas – que porventura lesem o indivíduo, inscrevendo sua identidade num contexto geral maior. A neurose e os medos localizados no âmago patogênico da filosofia liberal podem ser vistos claramente no “Sociedade aberta e seus inimigos” , obra clássica do neoliberalismo de Karl Popper. Ele compara fascismo e comunismo com base precisamente no fato de que ambas ideologias integram o indivíduo numa comunidade supra-individual, em um todo, uma totalidade, o que Popper imediatamente tacha de “totalitarismo”. 

Manifesto da Aliança Revolucionária Global

Vivemos no final de um ciclo histórico. Todos os processos que constituem o sentido da história chegaram a um impasse lógico. 

O fim do capitalismo: O desenvolvimento do capitalismo chegou ao seu limite natural. Há somente uma coisa deixada para o sistema econômico mundial – entrar em colapso no abismo. Baseado em um aumento progressivo das instituições puramente financeiras, bancos em primeiro lugar e, em seguida, estruturas de ações mais complexas e sofisticadas, o sistema do capitalismo moderno, completamente divorciado da realidade, a partir do equilíbrio da oferta e da procura, a partir de relação de produção e consumo, a partir da conexão com uma vida real. Toda a riqueza do mundo está nas mãos da oligarquia financeira mundial através das manipulações complicadas com a construção de pirâmides financeiras. Essa oligarquia desvalorizou não somente o trabalho, mas também o capital ligado ao mercado fundamental, garantiu uma renda financeira e todas as outras forças econômicas entraram em cativeiro para essa elite ultraliberal impessoal e transnacional.
Independentemente de como nos sentimos sobre o capitalismo, é claro agora que não está apenas passando por uma crise, mas está à beira de um colapso total do sistema inteiro. Não importa o quanto a oligarquia mundial tenta esconder o colapso em curso das massas da população mundial, mais e mais pessoas começam a suspeitar que isso é inevitável e que a crise financeira global causada pelo colapso do mercado hipotecário estadunidense e dos principais bancos é apenas o início de uma catástrofe global. Essa catástrofe pode ser atrasada, mas não pode ser prevenida ou evitada. A economia mundial, na forma em que opera agora, está condenada. 

O fim do século xx – fim da modernidade (Excerto de 4TP)

O século XX acabou, mas apenas agora começamos a perceber e a entender esse fato. O século XX foi o século da ideologia. Nos séculos anteriores, religião, dinastias, Estados, classes e Estados-nação desempenharam um enorme papel na vida das pessoas e sociedades. Pois no século XX, a política deslocou-se para uma esfera puramente ideológica, redesenhando o mapa do mundo, das etnias e civilizações de uma maneira nova. Por um lado, as ideologias políticas representavam tendências civilizacionais anteriores com raízes profundas. Por outro, eram algo completamente inovador.

Todas as ideologias políticas, ao alcançar o pico de sua distribuição e influência no século XX, eram o produto de uma era nova era, Moderna, e incorporavam o espírito mesmo da modernidade, ainda que de modos diferentes e por meio de diferentes símbolos. Hoje rapidamente nos afastamos dessa Era. Assim, fala-se, cada vez mais e mais frequentemente, de uma “crise da ideologia” ou mesmo de um “fim da ideologia”. Desta forma, a existência mesma de uma ideologia estatal é explicitamente negada na Constituição da Federação Russa, por exemplo. Já passou da hora de abordar esta questão mais profundamente.
As três principais ideologias do século XX e seu destino
 As três principais ideologias do século XX foram:
liberalismo
comunismo
 fascismo.

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