Quando dizemos que toda a Ucrânia deve fazer parte de um espaço russo unificado, não estamos fazendo exigências excessivamente extremas. Isso não é maximalismo. O estado atual da Ucrânia é incompatível com a própria existência da Rússia. E se essa questão for congelada novamente, mesmo que incluamos todos os nossos novos territórios dentro das fronteiras administrativas, ainda assim isso não resolve nada. Eles irão se rearmar e atacar novamente. Ninguém pode garantir o contrário.
Vamos tentar aplicar a topologia de Lacan às eleições americanas. Recordemos o modelo básico de Lacan, que pode ser representado como três anéis borromeanos ou três ordens: O Real, 2. O Simbólico e 3. O Imaginário
Quais são as diferenças concretas entre Trump e Biden no que concerne as perspectivas de uma futura guerra mundial? Analisar a política estadunidense não se trata, como demonstra Aleksandr Dugin, de analisar um conflito entre o “bem” e o “mal”, mas entre tipos e graus diferentes de “mal”.
A Quarta Teoria Política é um convite para buscar uma alternativa para este decadente liberalismo em declínio, que tentou ser a principal e única ideologia política do momento de Fukuyam em O Fim da História e o Último Homem (1992) até agora.
Depois do fim do comunismo e fascismo no século XX, o liberalismo se tornou a única ideologia política, que tentou ser um tipo de linguagem universal – algo totalmente imposto, com livre mercado, democracia liberal, parlamentarismo, individualismo, tecnologia, ícone cultural e ética LGBT+. Tudo isso foi tido como universal. E agora esse universalismo está acabando.
A verdadeira luta começa agora. O medo que os democratas sentiram durante os protestos pacíficos no Capitólio será um lembrete para todos eles. Ver o simples povo americano - maioria despossuída, silencioso e “deplorável” - vindo ao Congresso - era a hora da verdade. E os deputados se esconderam nos bancos ... Verdadeiros “deploráveis” são esses covardes. Eles compreenderam neste momento maravilhoso que não estão mais seguros em lugar nenhum. Bem-vindo à nossa pele. De agora em diante, os democratas serão atacados em todo o mundo. Eles deveriam saber: nós os observamos exatamente como eles fazem; nós os seguiremos exatamente como eles fazem; vamos reunir informações e criar os dossiês sobre todos os democratas, globalistas e seus fantoches exatamente como eles fazem. A partir de agora qualquer conexão com os democratas e seus procuradores será considerada como fato de colaboracionismo e de participação no crime contra a humanidade. Eles mataram milhares e centenas de milhares fora dos EUA. Mas o mal não reconhece os limites. É sempre baseado em hybris. Então eles próprios começaram a matar americanos . Ashley Babbitt é apenas o começo. Eles estão planejando o verdadeiro genocídio dentro dos Estados Unidos desta vez. E isso já começou.
Antes de Trump, parecia que os Estados Unidos eram apenas zonas costeiras. Trump deu voz ao Heartland americano. Assim, o centro vermelho dos EUA foi ativado e entrou em ação. Trump é o presidente desta “segunda América”, que praticamente não está representada nas elites políticas e não tem quase nada a ver com a agenda dos globalistas. Esta é a América das pequenas cidades, comunidades e seitas cristãs, fazendas ou mesmo grandes centros industriais, devastada e desolada pela deslocalização da indústria e pela mudança de atenção para áreas com mão-de-obra mais barata.
Esta é uma América abandonada, traída, esquecida e humilhada. Esta é a pátria dos deploráveis, verdadeiros nativos americanos – americanos com raízes, não importa se brancos ou não brancos, protestantes ou católicos. E esta América do Heartland está desaparecendo rapidamente, cercada pelas zonas costeiras.
O acirramento das contradições e das tensões da sociedade estadunidense chegam a um ponto extremo, no qual se confrontam, hoje, uma América Cosmopolita e uma América Profunda. Em uma excelente análise do momento atual pelo qual os EUA passam, Dugin afirma que independentemente do resultado, o atual conflito político-social representa um alívio para o resto do mundo. Quanto mais os EUA tiverem que focar em seus problemas internos, melhor para o planeta inteiro.
O que o Black Lives Matter e a Antifa estão fazendo agora nos EUA é algo positivo. Eles mostram um pólo de uma nova identidade americana em sua forma completa. Esta forma é incompatível com a futura existência dos Estados Unidos da América como país forte e dominante. Totalmente incompatível.
O que aconteceu em 7 de abril de 2017 poderia ser o início de uma Terceira Guerra Mundial. Em regra, ninguém quer guerra, mas eis que guerras ocorrem, e às vezes elas são mundiais. Portanto, eu proponho que em primeiro lugar, como no caso de qualquer desastre, é necessário permanecer calmo e recobrar o juízo.
Em 7 de abril de 2017, pela primeira vez desde o início do conflito na Síria, os EUA lançaram um grande ataque com mísseis Tomahwak contra uma base aérea síria, ou seja, contra nós. Por que não usamos um complexo de defesa anti-mísseis? Segundo uma teoria, nós não temos um número suficiente deles para repelir um ataque total de tropas americanas, já que eles estão programados primariamente contra ataques de mísseis de outros inimigos potenciais. A segunda teoria é que Moscou não ousou dar a ordem, já que isso significaria o início irreversível de uma guerra com os EUA. Washington ousou, e sabia bem o que estava fazendo. Nós não ousamos. Antes de seguir com as previsões, vale a pena examinar novamente o contexto, as condições iniciais do que poderia se tornar (ainda possivelmente não) a Terceira Guerra Mundial.
Glenn Beck, com um pensamento fundamentado no ideal etnocêntrico, racista e atlantista, julga as obras do Professor Alexander Dugin como “revolucionárias’, “fascistas” e “imperialistas”. Além do fator etnocêntrico e racista, marcas do ideal americano, Glenn não possui qualquer noção sobre o ideal ortodoxo de império, muito menos sobre a escatologia cristã ortodoxa e menos ainda sobre a ideia ortodoxa de império. Na verdade, o que ocorre é a famosa tática do ‘acuse-o do que você é”. Nenhum império ortodoxo invadiu territórios impondo seu modelo – as conquistas de territórios pelos impérios ortodoxos sempre foram pacíficas. A própria Rússia, que possui como seu marco espiritual o Batismo de Kiev, foi convertida à Ortodoxia de forma pacífica. A Rússia escolheu ser ortodoxa e o modelo de governo ortodoxo foi aceito sem espadas. Ao contrário do imperialismo estadunidense, uma continuação do imperialismo britânico, o Império Ortodoxo, iniciado no Império Bizantino, nunca foi etnocêntrico, nunca foi racista e sempre permitiu uma aculturação rica. Isso pode ser visto até nos dias de hoje: Igrejas Ortodoxas, embora unidas pela mesma fé, guardam suas particularidades locais – há um Typikon Bizantino e um Typikon Eslavo; diversas diferenças culturais nas práticas litúrgicas e nos cantos religiosos. O mesmo não pode ser dito do imperialismo estadunidense, pois até mesmo alguns católicos romanos americanos se renderam ao ideal americano, mesmo naquilo que contradiz o ensinamento católico. Um exemplo claro disso é o pensador americano William Buckley Jr que, para defender o modelo americano, afirmou que a Igreja era apenas “mãe, não mestra”, pois a Doutrina Social da Igreja reprova o modelo econômico liberal.
Agora aqui está o que quero dizer ao povo americano. A elite política americana tentou nessa situação, bem como em outras, fazer com que os russos odeiem os americanos. Mas ela falhou. Nós odiamos a elite política americana que traz morte, terror, mentiras e derramamento de sangue por todo lugar - na Sérvia, no Afeganistão, no Iraque, na Líbia, na Síria - e agora na Ucrânia. Nós odiamos a oligarquia global que usurpou a América e a usa como seu instrumento. Nós odiamos a duplicidade de sua política, onde eles chamam de "fascistas" a cidadãos inocentes sem qualquer característica que se assemelhe à ideologia fascista e com o mesmo fôlego negam a hitleristas declarados e admiradores de Bandera os qualificativos de "nazi" na Ucrânia. Tudo que a elite política americana fala ou cria (com pequenas exceções) é uma grande mentira. E nós odiamos essa mentira porque as vítimas dessa mentira não somos apenas nós, mas também o povo americano. Vocês acreditam neles, vocês votam neles. Vocês tem confiança neles. Mas eles os enganam e os traem.
Nós não temos interesse ou desejo de ferir a América. Nós estamos longe de vocês. A América é para os americanos, como o Presidente Monroe costumava dizer. Para os interesses americanos e nenhum outro. Não para os russos. Sim, isso é bastante razoável. Vocês querem ser livres. Vocês e todos os outros merecem isso. Mas o que raios você está fazendo na capital da antiga Rússia, Victoria Nuland? Por que você interfere em nossas questões domésticas? Nós seguimos o Direito e a lógica, linhas da história e respeitamos identidades, diferenças. Isso não é uma questão americana. Não é?
Se os Tsarnaev são culpados dos crimes dos quais são suspeitos, como apresentado pelas autoridades, parece que uma leitura estrita da sua etnia chechena teria apenas uma influência marginal nas suas neuroses e motivações. Como o líder checheno Ramzan Kadyrov notou acertadamente, “Eles cresceram e estudaram nos Estados Unidos e suas atitudes e crenças se formaram lá. Qualquer tentativa em traçar conexões entre a Chechênia e os Tsarnaev, é em vão.” Os irmãos Tsarnaev viveram a maior parte de suas vidas no Quirguistão e nos Estados Unidos. Se o seus estilos de vida [servem] de qualquer indicação, eles obviamente têm conexões emocionais apenas desvanecentes e vagas de suas raízes étnicas. Se eles são culpados do que alegadamente fizeram, parece que a motivação mais provável seria um fundamentalismo islâmico e a radicalização de uma perniciosa variedade de Wahhabismo, que ocorreram, primariamente, na internet. Tamerlan esteve recentemente na Rússia, mas ele não agiu violentamente lá contra os russos. Ele cometeu um ato de terror contra os Estados Unidos e contra os estadounidenses, pelos quais ele obviamente tinha sentimentos conflituosos. Como a ‘Guerra Global ao Terror’ dos EUA é comumente percebida tanto por estadounidenses quanto pelo resto do mundo como uma guerra hegemônica contra o Islã, tal ato é facilmente entendido, senão aceito. Ele está longe de ser o primeiro a fazer isso e ele não será o último. A sangrenta ‘Guerra Global ao Terror’ dos EUA é auto-perpetuante, criando seus próprios terroristas. Os Tsarnaev são um produto dos EUA e, então, descontaram suas frustrações políticas e religiosas nos EUA.