O Logos Solar Brasileiro
Abas primárias
Conhecer e interpretar o Brasil passa, necessariamente, por uma compreensão primordial de suas estruturas formativas. Entre o português, o africano, o ameríndio, e a invasão do moderno.
Alexander Dugin, descrevendo o Logos brasileiro no capítulo intitulado “Logos de Ariel”, de seu Magnum Opus “Noomaquia”, diz que o Brasil tem:
“Um forte domínio solar, a parte ctônica tupi e o diurno arcaico africano.”
Traduzindo: o Logos de Apolo é dominante. O Logos de Apolo é dominante no Brasil pela parte europeia e cristã.
As outras duas influências são a africana (predomínio Iorubá) e a indígena (Dugin não deu detalhes, mas há vários povos sob o tronco linguístico Tupi — nós, brasileiros, podemos desenvolver melhor essa parte).
Sobre a parte Tupi, Dugin encontra o Logos de Cibele predominando.
Ele cita ainda outros grupos indígenas, os quais são menos ctônicos que o generalizado Tupi e mais se aproximam do arquétipo de Deméter (Logos de Dionísio voltado para baixo).
Já o nosso tronco africano, ele chama de “diurno arcaico”. É também Logos de Apolo predominante, ainda que com fortes características dionisíacas (embora ele considere a civilização Iorubá pura como completamente apolínea).
Ou seja, vemos duas vezes o Logos de Apolo aparecendo. De dois troncos diferentes: europeu, predominante, e africano.
A influência Tupi, embora me pareça minoritária, é importante e natural.
Já quando falamos de influências externas no Brasil, também encontramos o logos ctônico, mas, dessa vez, não faz parte de nossa natureza: se trata da modernidade e do liberalismo, intrinsecamente cibelinos.
Quando falamos em modernidade, porém, não falamos de uma era na história, muito menos apresentada de forma linear.
Estamos falando da eterna disputa entre Tradição e a sua antítese. Estamos tratando de coisas eternas que se mostram no tempo de forma cíclica.
O Brasil não nasce na modernidade. O Brasil não se desenvolve na modernidade. O destino histórico do Brasil não se encontra na modernidade.
Portanto, precisamos purificar o país desta influência ctônica em específico para então nos voltarmos à Tradição e nos desenvolvermos como Civilização junto à América Ibérica.
E, para isso… necessitamos resgatar o Logos de Apolo. Porque somente o logos apolíneo é capaz de derrotar a influência ctônica, pois somente ele é a sua total antítese.
As influências apolíneas e dionisíacas de nosso povo devem se juntar para pôr fim a essa influência externa ctônica.