“Haverá uma Guerra Nuclear”? – As Profecias de Madre Séfora e a Interpretação Duginiana
Abas primárias
Menos conhecida que Nostradamus e Baba Vanga, mas tão respeitada quanto, Madre Séfora foi uma freira russa que teria previsto a Terceira Guerra Mundial e o destino do mundo.
Boris Korchevnikov narra sobre as últimas profecias de Madre Séfora, uma freira ortodoxa notória por suas profecias e milagres.
Após a função no deserto de Optina, no último dia da nossa procissão com as relíquias dos santos guerreiros ao longo da linha de frente, fomos à cidade vizinha de Klykovo para visitar o túmulo da Madre Séfora. Tenho muito carinho por ela.
A Madre morreu às vésperas do novo século e deixou muitas profecias sobre a Rússia e sobre a futura guerra. No final, ouvi quase diretamente essas profecias do egúmeno do mosteiro, o padre Michael.
A seguir, ao relatar algumas delas, estarei parafraseando, pois a conversa entre ela e o padre Miguel ocorreu em 1996.
– Haverá uma guerra nuclear? – perguntou o padre Miguel.
– Não, – respondeu Séfora, – não haverá uma guerra nuclear. Mas a Rússia estará em guerra com todo o Ocidente.
– Então será a terceira guerra mundial! Será nuclear?
– Não, haverá outras armas, também poderosas, mas não nucleares… e começará com a Ucrânia.
– Como assim com a Ucrânia?! – O padre Miguel ficou perplexo na época.
– Sim, mas não haverá guerra no território da Rússia. Apenas a periferia sofrerá.
– E como essa guerra terminará?
– A Rússia estará na Europa.
– Como assim… na Europa? Onde na Europa?
– Em toda parte. Em toda parte na Europa haverá Rússia.
– E onde estarão os europeus?
– Restará um pouco para eles, e o restante será Rússia.
– E depois?
– E depois… – e isso é o mais importante para mim nas palavras da velha mulher – se a Rússia não crescer espiritualmente, se houver apenas coisas externas: construir templos e dourar cúpulas, mas o povo não tiver Deus no coração, então Deus permitirá que os comunistas voltem ao poder. Quando chegarem, as repressões começarão. Se eles te pegarem e te jogarem em um vagão para te levar à Kamchatka, vá: todos que estiverem no vagão sobreviverão. Os outros serão fuzilados em massa pelos comunistas, como antes. As perseguições se repetirão… Mas o poder dos comunistas será de curta duração: 8 meses…
…
Mas se – acrescenta a Madre – a fé no povo se multiplicar, o Senhor permitirá a entronização de um czar ortodoxo na Rússia. O czar será uma garantia contra a entrada da Rússia no Estado unificado do Anticristo, e a Rússia será então o único país que não adorará o Anticristo…
Se eu entendi bem a história do batyushka, então uma parte da profecia já se cumpriu e outra parte depende de nós: para onde o pêndulo oscilará, ainda não está claro. Deus está observando nossos corações.
Alexander Dugin comenta sobre as profecias e sobre o momento escatológico:
Estamos certamente no epicentro do processo escatológico. Se somarmos à escatologia judaica, cristã (em todas as suas versões) e islâmica o Kali-yuga dos hindus, os cultos a Maitreya nas sociedades budistas e os temas taoístas sobre a rotação do mandato celestial na China, então também no Sudeste Asiático a escatologia ganha destaque.
É claro que os racistas ocidentais (incluindo os cronorracistas, que consideram todas as coisas passadas e primitivas como indignas de atenção e as sociedades arcaicas como sub-humanas) estão negligenciando o despertar dos sentimentos escatológicos entre os povos indígenas da África, das Américas e do Pacífico. Até mesmo entre os nossos pequenos povos do Norte, renasceram as vozes sobre o nascimento de um “xamã de olhos brancos” e de um “cão mágico”, com os quais o mundo mudará. Mas tudo isso é uma vasta sinfonia planetária sobre o Fim do Mundo, descrita de várias formas. Até mesmo os projetos secularistas dos progressistas — o pós-humanismo, o advento da IA e a Singularidade — pertencem a esse âmbito. Assim como o “fim da história” do liberal-globalista Fukuyama e os projetos do Governo Mundial de Schwab e dos outros arquitetos do Fórum de Davos.
As profecias da Madre Séfora, citadas por Boris Korchevnikov, contêm um ponto muito importante. O fim do mundo não é uma predeterminação mecânica, mas uma escolha, uma encruzilhada, uma bifurcação. Se for de tal maneira, será assim. Se não for, será diferente. Tudo está no contexto da escatologia, mas ao mesmo tempo tudo (ainda) depende de nós. Se despertarmos, então a Vitória, o Czar e a Europa serão nossos. Caso contrário, o vagão estatal, a perseguição da fé e a salvação apenas de um pequeno rebanho. E assim será em todas as partes do mundo. A humanidade terá uma escolha até o fim. “Minha liberdade sabe disso”, como cantava o magnífico Egor Letov.