Aleksandr Dugin & Nicolas Gómez Dávila: A Rebelião do Eterno
Ação e contemplação sintetizam as posições que ambos os intelectuais assumem diante da história e que fazem divergir a direção de sua própria existência. Ambos, no entanto, realizam sua cruzada contra a tirania do tempo e o progressismo histórico para se reintegrarem ao atemporal do sagrado. Não devemos descartar, porém, a impressão literária de Gómez Dávila simplesmente como passividade e renúncia, o fato de eternizar sua denúncia já representa uma ruptura de transgressão política. A diferença de ambos talvez possa ser compreendida pelos contextos históricos em que se enquadram as suas biografias. Gómez Dávila sofreu o peso de "uma época sem fim previsível", um "lugar sombrio da história" que determinou seu pessimismo e o condenou a "se resignar a olhar com paciência as soberbas humanas", esperando para "agir somente quando a necessidade for derrubada". Sua projeção é dirigida à transcendência que palpita e chama dentro de cada homem.