O conflito no qual a Rússia se encontra hoje não é contra a Ucrânia, mas contra o Ocidente que construiu na Ucrânia uma Anti-Rússia pela fusão insólita entre liberalismo globalista e neonazismo russofóbico. Segundo o filósofo Aleksandr Dugin, para responder a essa ameaça a Rússia deve acelerar a multipolarização do mundo, único contexto no qual a Rússia poderia seguir sendo russa.
Ao tentar analisar os males do continente africano, é fundamental não esquecer de abordar as ideologias sobre as quais a África se alinha na tentativa de emergir no tabuleiro geopolítico.
Nos acostumamos a considerar os recursos tecnológicos contemporâneos como neutros, como meramente instrumentais, mas será realmente assim? A tecnologia tem dono? E, sendo este o caso, o que os povos que querem soberania devem fazer?
Um dos pontos centrais da questão ucraniana é se os ucranianos são uma etnia, uma nação, um povo ou alguma outra coisa. Afinal, qual é a relação dos ucranianos com os russos e como se deu a formação étnica e sociológica dos ucranianos. O professor Aleksandr Dugin aborda todos esses temas de maneira completa e definitiva.
É necessário enfatizar no tratado De Caelo de Aristóteles algo muito interessante. Aristóteles diz que há no cosmo dois centros e não um. O centro de gravidade não coincide com o centro anímico, da alma.
Infelizmente, a mídia de massa não informa absolutamente nada sobre as raízes geopolíticas do conflito ucraniano. Tudo é colocado em termos sensacionalistas e histéricos. Não obstante, é impossível entender esse conflito sem atentar para o projeto secular de cerco à Rússia para garantir o controle atlantista sobre o coração da Eurásia, considerado pelos primeiros geopolitólogos como chave para a hegemonia mundial.
É necessário enfatizar no tratado De Caelo de Aristóteles algo muito interessante. Aristóteles diz que há no cosmo dois centros e não um. O centro de gravidade não coincide com o centro anímico, da alma.
Provavelmente poucas pessoas prestaram séria atenção ao fato de que a Quarta Teoria Política, à qual aderi, presta a mais séria atenção às críticas ao fascismo. Mais marcantes são as críticas ao liberalismo e a rejeição do dogma marxista. Mas igualmente necessária é a rejeição radical não só do fascismo, mas até mesmo do Estado-nação.
Comecei a desenvolver a geopolítica há 30 anos. Quando a Rússia começou a se sentir parte da Civilização Global, do Ocidente Global, e todos estavam otimistas em se tornar parte desta Humanidade: Teoria dos Direitos Civis, Teoria dos Direitos Humanos, o Mundo Global. Entramos neste processo aceitamos a identidade ocidental, abandonamos a identidade soviética, esquecemos totalmente a identidade pré-soviética czarista e tentamos ser como todos os outros.
Informação e Realidade
A guerra é um choque de realidade. O que a precede e acompanha, via de regra, possui um caráter virtual e é, se não pura desinformação (de todos os lados), está perto disso. E é quase impossível captar estes tópicos e teses que correspondem à realidade da situação. Essas são as leis de correlação entre informação e realidade.
Russos e ucranianos não são inimigos. Longe disso. Na realidade, suas determinações contemporâneas entre “russos” e “ucranianos” por suas unidades nacionais são ilusórias. Dentro de uma perspectiva cultural e civilizacional, os dois “lados” são compostos por pessoas que compõe uma identidade comum, um ethos, uma visão de mundo.
Ser um demônio para o Ocidente pós-moderno e liberal é quase o mesmo que ser um santo para o resto do mundo, para todas as outras civilizações que contestam a universalidade da epistemologia liberal ocidental.
Como diz o filósofo e analista político russo Alexander Dugin, o mundo unipolar, a ideologia globalista e a hegemonia ocidental estão entrando em colapso, e os EUA não querem ficar de braços cruzados. Washington está disposto a tomar qualquer ação para impedir que isso aconteça. Assim, o problema da Ucrânia surgiu quando os EUA declararam uma "invasão russa iminente".
Após uma longa espera, muito sangue derramado e grande sofrimento, Donetsk e Lugansk tiveram sua independência reconhecida. As injustiças históricas da geografia do leste europeu começam a ser, aos poucos, corrigidas. Apesar do desespero ocidental e das elites ucranianas estarem em fuga não há nada garantido, mas o caminho parece pronto para a recuperação da Novorrússia.
Disparos são trocados no Donbass, entre tropas ucranianas e os rebeldes patriotas, conforme o conflito congelado há alguns anos volta a se aquecer, com rumores de guerra e uma propaganda mentirosa e belicista tomando conta de todos os meios de comunicação de massa. A Ucrânia, enquanto Estado independente, é uma anomalia histórica e eventualmente será necessário pensar uma solução definitiva para essa anomalia.
Ultimamente estamos testemunhando uma formidável ofensiva ideológica e informativa, incentivada pelos EUA e pelos centros de poder globalistas, contra a Rússia de Putin.
Para começar, gostaria de dizer que no platonismo há uma particularidade na semântica dos termos mais centrais. Nos termos que formam uma estrutura essencial da filosofia platônica. O momento central é precisamente a separação ou divisão entre mundo intelectual ou contemplativo e o mundo sensível ou perceptível, que podemos tocar ou perceber fenomenologicamente.
Antes de começar a falar sobre contra-hegemonia, devemos nos voltar para Antonio Gramsci, que introduziu o conceito de hegemonia no amplo discurso científico da ciência política.
O legado de José Julián Martí Pérez revela a imperfeição das ideologias que passaram a dominar no século XX e confirma a necessidade de criar uma nova teoria política.
A campanha anti-eurasiana que foi lançada nas redes sociais por nacionalistas russos (que coincide com o aniversário do professor Alexander Dugin) despertou meu interesse (embora eu não esteja muito feliz com o que está acontecendo).