“Estou convencido de que a verdadeira democracia em um mundo multipolar pressupõe antes de tudo a possibilidade de qualquer povo — quero enfatizar isso — qualquer sociedade, qualquer civilização escolher seu próprio caminho, seu próprio sistema sócio-político.” — Vladimir Putin
O Dasein é, segundo Heidegger, o ser humano entendido como “ser-aí”. O que para o liberalismo é o indivíduo, para o marxismo é a classe social e para o neoliberalismo o “pós-indivíduo”, quer dizer, o sujeito sobre o qual se assenta uma teoria política, para a Quarta Teoria Política (daqui para a frente QTP) é o Dasein.
A pós-modernidade toma por norte a abolição de toda hierarquia e diferenciação que indique distinção profunda e qualitativa da realidade. Olhamos agora diretamente para a mistura caótica das novas ideias de gênero, ecologia e transumanismo.
Texto base de comunicação proferida por ocasião do I Congresso Regional Sul-Sudeste da Nova Resistência, a respeito do conceito de noomaquia delineado pelo professor Alexander Dugin e, partindo deste, da busca pelo Logos Brasileiro.
A guerra é uma realidade, e uma realidade multidimensional. Temos explorado suas dimensões estratégicas, geopolíticas, econômicas, sociais, mas ela também é metafísica. Daria Dugina nos recorda sobre a essência metafísica da guerra, e por que precisamos dela.
Continuando sua reflexão sobre a natureza e história do caos, desde de sua concepção na Grécia antiga, Alexander Dugin o relaciona com as noções fundamentais do Estado, da geopolítica, pós-modernidade e a Operação Militar Especial.
Historicamente é comum abordar, de forma dicotômica, os conceitos de Primeiro Mundo e Terceiro Mundo sem dar muita atenção o que se encontra na posição intermediária. Segundo Alexander Dugin, porém, é precisamente o conceito de Segundo Mundo que precisa ser resgatado, nos termos da ideia de Estado-Civilização, para ajudar a construir a multipolaridade.
Excerto da obra “Etnossociologia: as fundações”, de Alexander Dugin, sobre o conceito básico e fundamental de ethnos (etnose), como categoria eidética de uma profunda taxonomia etnossociológica.
Os participantes mais atentos da frente ucraniana notam a natureza peculiar desta guerra: o fator caos tem aumentado enormemente. Isto se aplica a todos os lados da OME, tanto às ações e estratégias do inimigo quanto ao nosso comando, ao papel dramaticamente crescente da tecnologia (drones e aeronaves de todos os tipos) e ao intenso suporte de informação online, onde é quase impossível distinguir o fictício do real. Esta é uma guerra de caos. Chegou a hora de revisitar este conceito fundamental.
Un trait caractéristique de la philosophie russe, selon certains historiens de la philosophie russe, est l'ontologisme de la pensée. La position de l'ontologisme en philosophie, contrairement à la position opposée du gnoséologisme, implique la considération primordiale non pas du processus de la pensée, mais de l'objet de la compréhension. Étant du côté de l'ontologique, nous cherchons avant tout à identifier et à répondre à la question : "QUOI est, QUOI est l'objet de notre connaissance, QUOI est le centre de notre intuition intellectuelle".
A “Nova Direita” é um conjunto de movimentos intelectuais que surgiu em 1968 como uma reação à crise ideológica e ao fortalecimento da hegemonia liberal na Europa. Em 1968, os movimentos clássicos de “direita” estavam repletos de motivos ideológicos liberais, como a adoção do capitalismo, sentimentos pró-americanos e estatismo. Por sua vez, a agenda da “esquerda”, cujo núcleo era constituído pela oposição ao capitalismo1, também foi afetada por influências liberais. O igualitarismo, o individualismo, a negação das diferenças entre as culturas e o universalismo estavam tornando os movimentos de “esquerda” aliados e parceiros da doutrina liberal.
É evidente que a história da filosofia deve ser estudada a partir de um ponto de partida previamente determinado. Parece natural que tomemos automaticamente este como o momento contemporâneo. O momento contemporâneo significa o “aqui e agora”, hic et nunc. Este momento age como nossa posição de partida, como nosso “ponto de observação”, a partir do qual podemos examinar a filosofia como a história da filosofia. A história da filosofia se desdobra assim em nossa direção, rumo a nós. Isto diz respeito tanto ao tempo quanto ao lugar: a filosofia está historicamente situada entre suas “fontes” (por exemplo, os pré-Socráticos) e a posição no século XXI (em sua auto-reflexão filosófica). Como regra, este vetor temporal é mais ou menos reflexivo, daí porque a principal disciplina (axial) em todos os setores da filosofia é a história da filosofia. Em virtude da fixação neste vetor histórico-filosófico, adquirimos a possibilidade de participar deste processo, para consolidar nossa própria posição como “filósofo” em uma estrutura histórico-filosófica. Este é o nunc, o “agora”, o setor temporal no qual nosso pensamento é colocado, se ele quiser ser “filosófico”.
05.11.2022 - Antes das narrativas, vem a linguagem, a estrutura com que concatenamos a consciência e a presença pré-consciente do mundo. Para construir uma perspectiva genuína e soberana do mundo, é imperativo construir, reencontrar, nossa linguagem.
O 24º Conselho Mundial do Povo Russo com o tema “Ortodoxia e paz no século XXI” foi aberto por discursos de pessoas com grande significância para a Rússia: líderes espirituais, políticos, filósofos e estadistas. Todos chamaram à atenção a importância da criação de uma ideologia estatal para a preservação do Estado Russo.
24.10.2022 - O ano de 2022 fez a Europa ver a maior seca dos últimos 500 anos, com os níveis dos rios extremamente baixos. Os europeus voltaram a ver as “pedras da fome”, pedras submersas com marcações de nível de água que prenunciam a fome.
24.10.2022 - Há meses a Rússia deu início à Operação Militar Especial contra o Ocidente não somente pela sua soberania mas também pelo seu próprio direito de existência. A era das meias medidas e compromissos acabou.
17.10.2022 - A guerra com o Ocidente assume agora uma dimensão completamente diferente. É uma batalha espiritual entre o Bem e o Mal, e quando um guerreiro percebe isso no fundo de sua alma, ele luta de uma maneira diferente, e a sociedade se volta para a retaguarda, trabalha pela vitória, dá toda a sua força e vive no mesmo fôlego que os heróis defendendo sua liberdade. Esta é a lei da guerra sagrada, porque esta guerra tornou-se definitivamente sagrada.”
Publicamos a exposição de Daria Platonova Dugina, que trabalhava como pesquisadoras de Filosofia Política na Universidade Estatal de Moscou, durante 16ª Conferência Internacional “O universo do pensamento platônico”, em São Petersburgo, entre os dias 28-30 de agosto, 2018.
25.09.2022 - A guerra na Ucrânia atingiu um ponto decisivo, se já não decisivo o bastante após o 24 de fevereiro. O Ocidente contra-atacou, a Rússia avança. A manutenção do mundo que veio antes não é mais possível. Agora estamos diante de uma catástrofe, da aniquilação, ou da salvação. Ser ou não ser.
O século XX foi o século da rivalidade entre três ideologias. Alguns reinaram por vários séculos (liberalismo), outros por décadas ou anos (comunismo e fascismo). Mas seu declínio nos parece óbvio. Todas as três ideologias, filhas da filosofia da Nova Era, deixaram o espaço político. A era moderna chegou ao fim.
Daria Dugina nos oferece uma importante reflexão sobre a ppossibilidade de uma filosofia política neoplatonista, especialmente em Proclo: Como o procedimento de ascese à contemplação e o descenso à caverna possuem tanto um caráter teúrgico quanto político.
15.08.2022 - A modernização repentina de sociedades tradicionais gera uma espécie de esquizofrenia sociocultural na qual coexistem aspectos modernos e tradicionais em um mesmo Estado. É o caso da Rússia, onde um povo fundamentalmente arcaico tem que lidar com uma oligarquia atlantista e ocidentalista. Para a Rússia reconstituir seu Império terá que resolver este dilema.
13.08.2022 - A reconstituição da Novorrússia é já uma realidade. E isso significa a restauração do status imperial da Rússia. Mas esse status imperial não é dado por uma mera anexação à estrutura de um Estado-nação russa, pelo contrário isso se dá por uma superação da aberração iluminista-modernista do Estado-nação, sempre nivelador, e sua substituição completa pela figura política do Império integrador. Felizmente, o caso checheno mostra que a Rússia está bem encaminhada.
04.08.2022 - O conflito com o Ocidente levou à derrota da facção ocidentalista da elite russa. Os setores militares, diplomáticos e de segurança saíram fortalecidos. Agora, o povo russo deve aproveitar a oportunidade para aprimorar seus mecanismos de seleção de líderes.