O fator Wagner e a tese da Justiça
Ao longo da Operação Militar Especial, a empresa militar privada Wagner e Evgeny Prigozhin se estabeleceram com confiança no centro das atenções da sociedade russa e do público global. Para os russos, eles se tornaram o principal símbolo de vitória, determinação, heroísmo, coragem e firmeza. Para o inimigo: uma fonte de ódio, mas ao mesmo tempo medo e horror. O que é importante é que Prigozhin não está simplesmente liderando a unidade mais batalhadora, vitoriosa e imparável entre as forças armadas da Rússia, mas ao mesmo tempo está expressando aqueles sentimentos, pensamentos, demandas e esperanças que vivem no coração das pessoas em guerra, daqueles engajados na guerra plenamente e até o fim, irreversivelmente imersos em seu elemento primordial.
Operação Belisário: estratégia eurasiana para o Ocidente
É uma honra falar aqui hoje em nome do povo neerlandês, que vive há mais de mil anos às margens do cinzento Mar do Norte, na fronteira marítima da grande Eurásia, e falar por uma grande causa que une todos os povos da Eurásia na luta por um futuro pós-globalista, um futuro no qual também os Países Baixos merecem um lugar ao sol.
Para deter esse rastro de destruição, precisamos de um mundo multipolar
O Comitê Multipolar
O mundo multipolar é baseado no reconhecimento da igualdade de civilizações e culturas, cada uma das quais forma seu próprio cosmos. Isto significa que cada civilização tem o seu sistema de valores, os seus códigos, o seu Logos, a sua identidade. Se assim for, cada civilização forma suas próprias idéias sobre Deus, o homem, o mundo, o tempo, o espaço, a matéria, a sociedade, o bem e o mal, o certo e o errado. E são essas idéias que formam a base do sistema social, político e econômico que cada civilização cria independentemente. Não há regras universais e universais para todas as civilizações.
A Coragem como virtude fundamental na transição para a Multipolaridade
Se colocarmos nossos pés na tradição helênica, que possui relevância para a civilização europeia, mas também para outras civilizações próximas ou relacionadas (como a ibero-americana), veremos o destaque dado por filósofos como Aristóteles à virtude da coragem (ἀνδρεία). Considerada a virtude máxima dos espartanos ─ como podemos deduzir dos Ditos dos Espartanos, de Plutarco ─, segundo Aristóteles, a virtude da coragem envolvia uma disposição de enfrentar um risco existencial real, porém não privado de esperança, em prol de uma finalidade digna. Aristóteles nega, portanto, que estamos lidando com a virtude da coragem quando o perigo não é existencial, quando não há chance de triunfo ou quando não há finalidade digna. A coragem, logo, como todas as virtudes aristotélicas, envolve um objeto correto, um modo correto e um momento correto, em uma espécie de medida exata entre os extremos do medo e da confiança.
Discurso de Lucas Leiroz para a Conferência Global Multipolar
minha mais sincera gratidão a cada um de vocês por este evento. Como membro da Nova Resistência, sou imensamente grato ao professor Alexandr Dugin e sua equipe, ao Movimento Russofilo Internacional e aos amigos chineses do Thinker’s Forum por fazerem deste evento um verdadeiro pilar para a construção do Mundo Multipolar.
Discurso de Konstantin Malofeev para a Conferência Global Multipolar
O liberalismo, o liberalismo global, está morto. Agora estamos testemunhando sua agonia. O que Francis Fukuyama recentemente acreditou ser o fim da história, o que foi apresentado aos povos do mundo não apenas como o fim da história, mas como seu apogeu, alcançar o destino final, uma sociedade absoluta que realiza o ideal da democracia liberal ocidental, transformou-se em uma farsa.
Discurso de Maria Zakharova para a Conferência Global Multipolar
Vocês já ouviram o discurso do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, no qual ele delineou as principais perspectivas para a construção de um mundo multipolar, a irreversibilidade e as razões objetivas desse processo. Gostaria de enfatizar que, pela primeira vez, o novo conceito de política externa da Rússia estabelece sistematicamente os princípios de uma ordem mundial mais justa e multipolar e visa facilitar sua implementação.
Mensagem do Ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, aos participantes e organizadores da Conferência Global Multipolar
Dou boas-vindas aos participantes e organizadores da Conferência Mundial sobre o Mundo Multipolar. É gratificante que tenhamos reunido importantes representantes políticos, públicos e acadêmicos de várias dezenas de países de quase todos os continentes do mundo. Só podemos saudar este interesse numa troca de pontos de vista franca e despolitizada.
Discurso de Alexander Markovics para a Conferência Global Multipolar
Estamos vivendo tempos interessantes. Por mais de 30 anos, os europeus sentiram que viviam no “Fim da História” proclamado por Francis Fukuyama. Nenhuma alternativa parecia possível ao nosso sistema liberal-capitalista, nenhuma outra forma senão a democracia liberal. Mas com o início da operação militar especial russa, tornou-se óbvio que a história está se movendo novamente. O fim da história acabou.
Discurso de Iurie Rosca para a Conferência Global Multipolar
Mircea Eliade: Política Sagrada e Existencial
Preparando este relatório… Na verdade, foi Dasha (Daria Dugina) quem me convidou para vir e me envolver no Conselho. Ela sugeriu que eu falasse sobre Lucian Blaga, porque Alexander Dugin havia falado sobre ele no contexto da Quarta Via e da política existencial. Mas decidi fazer uma reportagem sobre Eliade, embora por algum motivo tenha parecido inesperado e felizmente esteja no contexto do tema levantado por Nikita Syundyukov. E parece-me agora que o relatório e o assunto que ele aborda tornaram-se, para dizer imodestamente, algo prático, mas por alguma razão também tratou destes temas: sacrifício, Páscoa, história de alguma forma… Então vamos ao relatório em si. Presumo que Daria deva ser mencionada no final do relatório sem nenhuma dedicatória especial a ela no início, já que na verdade o relatório inteiro foi dedicado a ela.
Heartland Distribuído: Rumo a uma Geopolítica Multipolar
Introdução à Quarta Teoria Política - Parte 8: Império e Estado-Nação
A Quarta Teoria Política critica o conceito de Estado-nação. Mas o que será que isso significa e o que a Quarta Teoria Política afirma no lugar do Estado-nação? Com base no Tradicionalismo, Raphael Machado analisa a distinção entre Império e Estado-nação, demonstrando a superioridade do primeiro conceito sobre o segundo, bem como o vínculo inafastável entre liberalismo, Estado-nação e globalismo.
Introdução à Quarta Teoria Política - Parte 7: Tradição & Modernidade
No âmago da Quarta Teoria Política está a ideia de Tradição. É pelo prisma da Tradição que a Quarta Teoria Política analisa as teorias políticas modernas e as disseca para construir uma alternativa.
Introdução à Quarta Teoria Política - Parte 6: O Nacional-Bolchevismo
Após sua vitória sobre o comunismo o liberalismo se instituiu como única teoria política, espalhando seu domínio por todo o planeta com a globalização. Os fascismos e comunismos demonstraram não estar à altura do enfrentamento da própria encarnação metapolítica da modernidade.
Introdução à Quarta Teoria Política - Parte 5: O Liberalismo Pós-Moderno - Raphael Machado
O século XX viu o embate entre liberalismo, comunismo e fascismo, com a vitória da Primeira Teoria Política ao final da Guerra Fria.
Em Defesa do Eurasianismo
A campanha antieurasiana que foi lançada na mídia social por nacionalistas russos (que coincide com o aniversário do Professor Alexander Dugin) despertou meu interesse (embora eu não goste muito do que está acontecendo). É claro que o eurasianismo não tem nada a ver com nacionalismo e, na verdade, ambas as ideologias se criticam mutuamente. Entretanto, é necessário ter um diálogo que não só esteja à altura da tarefa, mas também seja respeitoso. Algo que não está acontecendo.
ワグナー因子と正義のテーゼ
Dugin: O Limite da Paciência Russa
A história do Tribunal de Haia é simbólica. A Rússia nunca antes se perguntou que tipo de instituição ele é. Na verdade, ele faz parte da implementação do Governo Mundial, um sistema político supranacional criado sobre os Estados-Nação que são convidados a ceder parte de sua soberania a essa estrutura. Isso inclui o Tribunal Europeu de Direitos Humanos e a própria UE, mas também o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a OMS, etc. A Liga das Nações, e mais tarde a ONU, foi concebida como outro passo preparatório no caminho para a estabelecimento de um governo mundial.
Censura: a metafísica da cultura soberana
O tema da censura não é apenas de grande atualidade para nossa sociedade (especialmente no contexto da OME), mas também filosoficamente fundamental. A cultura Ocidental contemporânea recorre cada vez mais à censura, apesar de tentar apresentar o liberalismo como a abolição de todos os critérios de censura. Na realidade, o que é, se não a forma mais radical de censurar qualquer ideia, imagem, doutrina, trabalho ou pensamento que não se encaixa no dogma estreito e cada vez mais exclusivista da “sociedade aberta”?
ABC dos valores tradicionais: (I)dentidade
Falemos agora da letra “и” – memória histórica e continuidade intergeracional. O que é mais importante do que este valor tradicional se queremos alcançar todos os outros? Afinal, se perdermos nossa memória histórica, se ficarmos como aquele que não se lembra de seu parentesco, então, em geral, não importará o que planejamos antes.