Discurso de Konstantin Malofeev para a Conferência Global Multipolar

O liberalismo, o liberalismo global, está morto. Agora estamos testemunhando sua agonia. O que Francis Fukuyama recentemente acreditou ser o fim da história, o que foi apresentado aos povos do mundo não apenas como o fim da história, mas como seu apogeu, alcançar o destino final, uma sociedade absoluta que realiza o ideal da democracia liberal ocidental, transformou-se em uma farsa.

Introdução à Quarta Teoria Política - Parte 8: Império e Estado-Nação

A Quarta Teoria Política critica o conceito de Estado-nação. Mas o que será que isso significa e o que a Quarta Teoria Política afirma no lugar do Estado-nação? Com base no Tradicionalismo, Raphael Machado analisa a distinção entre Império e Estado-nação, demonstrando a superioridade do primeiro conceito sobre o segundo, bem como o vínculo inafastável entre liberalismo, Estado-nação e globalismo.

Em Defesa do Eurasianismo

A campanha antieurasiana que foi lançada na mídia social por nacionalistas russos (que coincide com o aniversário do Professor Alexander Dugin) despertou meu interesse (embora eu não goste muito do que está acontecendo). É claro que o eurasianismo não tem nada a ver com nacionalismo e, na verdade, ambas as ideologias se criticam mutuamente. Entretanto, é necessário ter um diálogo que não só esteja à altura da tarefa, mas também seja respeitoso. Algo que não está acontecendo.

Dugin: O Limite da Paciência Russa

A história do Tribunal de Haia é simbólica. A Rússia nunca antes se perguntou que tipo de instituição ele é. Na verdade, ele faz parte da implementação do Governo Mundial, um sistema político supranacional criado sobre os Estados-Nação que são convidados a ceder parte de sua soberania a essa estrutura. Isso inclui o Tribunal Europeu de Direitos Humanos e a própria UE, mas também o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, a OMS, etc. A Liga das Nações, e mais tarde a ONU, foi concebida como outro passo preparatório no caminho para a estabelecimento de um governo mundial.

Censura: a metafísica da cultura soberana

Censura: a metafísica da cultura soberana

O tema da censura não é apenas de grande atualidade para nossa sociedade (especialmente no contexto da OME), mas também filosoficamente fundamental. A cultura Ocidental contemporânea recorre cada vez mais à censura, apesar de tentar apresentar o liberalismo como a abolição de todos os critérios de censura. Na realidade, o que é, se não a forma mais radical de censurar qualquer ideia, imagem, doutrina, trabalho ou pensamento que não se encaixa no dogma estreito e cada vez mais exclusivista da “sociedade aberta”?

As civilizações do Mundo Multipolar

Pensar em multipolaridade nos leva também a refletir sobre como tal multipolaridade estaria distribuída: quais seriam os polos de um mundo multipolar? Essa é também a questão sobre quem seriam, efetivamente, os atores do mundo multipolar. A inércia intelectual nos levaria a falar nos Estados-nação, mas é praticamente consensual que, aqui, deveríamos estar abordando o tema das civilizações.

Por que o Fascismo está errado

1. Era moderno e estava vinculado a conceitos atados à Filosofia do Iluminismo: o que é absolutamente incorreto — a modernidade é o Mal e a falsidade. Era, portanto, uma teoria política moderna. Muito melhor que outras teorias políticas modernas, mas ainda assim moderna. Essencialmente.
Em todos os seus aspectos não-modernos, anti-modernos e pós-modernos, no entanto, não se equivocava.

O problema antropológico da escatologia, parte 4: a maldição do Ocidente e a salvação da Rússia

Passemos agora a uma parte absolutamente diferente da antropologia: a forma como a filosofia e a ciência do Ocidente moderno apresentam o homem, sua essência, sua natureza. Quase sempre começamos com noções modernas, que tomamos como certas (“o progresso é obrigatório”), e através de seu prisma nos voltamos para outras noções, por exemplo, pré-modernistas. Com um certo grau de indulgência.

ABC dos valores tradicionais: (P)atriotismo

O patriotismo é o amor à Pátria, e a Pátria é algo pelo qual uma pessoa é capaz de sacrificar sua vida. Esta é a definição mais importante. Os romanos tinham uma expressão semelhante: dulce et decorum est pro patria mori (“é doce e glorioso morrer pela pátria”). Significa que há algo conscientemente maior do que o valor da vida humana e este algo é a Pátria. Esta é a nossa Pátria.

A Verdade sobre os Bilhões Roubados da Rússia pelo Ocidente

Um dos argumentos mais populares e debatidos é o roubo das reservas estrangeiras da Rússia pelo Ocidente e, consequentemente, a culpabilização do bloco liberal do governo por transferi-las. Estou longe de ser um defensor do liberalismo, na verdade sou um adversário inconciliável dele, mas ainda vale a pena ir até o fundo dos mitos e da propaganda.

Daria Dugina, a filosofia como destino

A vida no mundo de hoje pressupõe e requer até mesmo um enorme esforço de nossa parte, não apenas em assuntos mundanos e movimentos externos. Acima de tudo, requer um esforço da mente, do pensamento — um esforço mental, um “fazer mental” como era chamado na tradição monástica dos “santos padres”, e esta praxis da Mente é necessária não apenas para fazer uma “distinção”, diacrise, como diziam os platonistas gregos, para distinguir um do outro — o precioso do não precioso, o bom do mau, o casual do fatal, mas para algo muito maior e mais significativo… Vivemos em um mundo danificado, retorcido, em uma civilização quebrada, cuja espinha dorsal está quebrada, assim como sua percepção de superioridade vertical e hierárquica. Um esforço inteligente é necessário para restaurar as proporções deste mundo hierárquico inteligente, cujo modelo foi criado por Platão, e que é o Platonismo.

O Último Discurso de Soros: As Guerras da “Sociedade Aberta” e o Clima como Elemento do Conflito

Na última Conferência de Munique, o magnata globalista George Soros fez um discurso programático beligerante dirigido contra as “sociedades fechadas”, ameaçando-as com mudança de regime e revoluções coloridas. Digno de nota, também, foram os comentários de Soros sobre a questão climática.

Otimismo escatológico: origens, evolução e direções

O tema do otimismo escatológico é um tema bastante perigoso e complexo. É perigoso porque nunca foi desenvolvido até este ponto, está repleto de muitas armadilhas, muitas imprecisões. Quando eu estava tentando me preparar para a palestra de hoje, percebi que embora tal hipótese de otimismo escatológico possa explicar muitos processos históricos e filosóficos, dar-lhes conteúdo e dimensões adicionais, contexto e profundidade adicionais, ainda há muitas perguntas. Assim, enquanto me preparava, estava constantemente me questionando e procurando por contradições. Por outro lado, pensei que tenho todo o direito de trazer esta hipótese à sua discussão, pois, no final, aquelas doutrinas que convergem são sempre imperfeitas.

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