As raízes da identidade

A identidade profunda é o elemento que singulariza uma sociedade, um povo, uma cultura ou uma civilização – que faz com que eles sejam o que são. Desdobra-se de maneira difusa através de gerações e através das massas, mantendo sempre sua singularidade e frescor.

A identidade extrema é sempre relativa, individual e condicional. A identidade profunda é absoluta, universal – no âmbito de uma sociedade em específico – e não depende da expressão individual. A identidade extrema é um produto específico da identidade difusa. A identidade profunda precede a identidade difusa e funciona como a potência espiritual que a constitui.

Semelhante análise é muito importante para uma compreensão precisa do desenvolvimento do nacionalismo no mundo atual.

Sobre o sentido de Outubro

Todas elas devem ser descartadas: a Revolução de Outubro deve ser entendida a partir da nossa própria história russa. Foi um evento pelo qual somos responsáveis. Em minha opinião, é irresponsável afirmar coisas como: “Eles mataram Deus”, “Eles forjaram a modernidade”, “Eles fizeram a revolução”. Nós fizemos isso, na medida em que somos russos. Devemos ter isso em mente. Talvez não possamos aceitá-la ou condená-la – podemos optar por nos orgulhar ou não. Mas ela deve ser situada fora destes três paradigmas.

Precisamos encontrar forças para trazer a Revolução de Outubro para uma Quarta Posição: a partir da perspectiva da história russa, da dialética russa, de nosso sujeito histórico. Não somos um joguete de certas forças, nem uma equação de mudanças históricas sequenciais ou de progresso tecnológico (liberalismo, evolução, etc.) e tampouco um objeto de conspiração.

Crítica ao progresso no pensamento antirracista

No que diz respeito ao estudos culturais e à filosofia, Nikolai Danilevskii, Oswald Spengler, Carl Schmitt, Ernst Jünger, Martin Heidegger e Arnold Toynbee demonstraram que todos os processos na História da filosofia e história da cultura são fenômenos cíclicos. O historiador russo Lev Gumilev também o sugere em sua versão da História cíclica, a qual explicou em sua famosa teoria da passionalidade. Todos esses autores reconhecem que existe desenvolvimento, mas também existe declínio. Aqueles que apostam apenas no crescimento e desenvolvimento agem contra todas as leis da História, contra as leis sociológicas, contra a lógica mesma da vida. Tal modernização unidirecional, tal crescimento, tal desenvolvimento e tal progresso não existem. Piotr Sztompka, sociólogo polonês contemporâneo, afirma [7] que, em termos de progresso, a seguinte mudança aconteceu nas ciências humanas: no século 19, todos acerditavam que ele (o progresso) existe e isso era o principal axioma e um critério científico. Porém, se examinarmos os paradigmas do século 20 nas humanidades e ciências naturais, veremos que quase todo mundo já rejeita tal paradigma; ninguém mais é guiado por ele. Hoje em dia, o paradigma do progresso é considerado quase “anti-científico”; é incompatível com os critérios científicos contemporâneos, bem como é incompatível com os critérios do humanismo e tolerância. Qualquer ideia de progresso é ela mesma um racismo velado ou direto, que reivindica a “nossa” cultura, por exemplo, a “cultura branca” ou a cultura americana como uma cultura superior à “sua” cultura; superior, por exemplo, às culturas africanas, islâmicas, iraquianas ou afegãs. Assim que afirmamos que a cultura americana ou russa é melhor do que a cultura Chukchi ou a dos habitantes do norte do Cáucaso, nós estamos agindo como racistas. Isso é incompatível, seja com a ciência ou com o próprio respeito a diferentes etnias.

Etnos e Sociedade: Review

Há alguns meses, a editora Arktos publicou um novo livro do conhecido filósofo russo Aleksandr Dugin, intitulado Ethnos and Society. Considerando que seu trabalho mais conhecido, A Quarta Teoria Política, consiste em um manifesto político pelo retorno à Tradição, tal como a uma luta impiedosa contra a modernidade (e sua fatídica derivação ideológica reinante, o Liberalismo), Ethnos and Society representa, em contraste, uma produção sociológica do professor Dugin ou, para ser mais exato, um trabalho de pesquisa. Mas o que seria, de fato, a Etnossociologia? Enquanto a sociologia moderna parte da sociedade moderna, toma o Indivíduo burguês e o Estado-Nação como normas (na mesma medida em que as comunidades pré-modernas são tidas por “atrasadas” e “selvagens”), a Etnossociologia segue o caminho inverso: concebe a humanidade enquanto etnos (comunidade tribal) como a primeira forma de organização humana e, a partir daí, se detém sobre suas ramificações mais complexas. Quando o vienense Richard Thurnwald fundou tal disciplina no início do século 20, seu objetivo era entender melhor a história social e as diferenças entre as tribos antigas e a sociedade moderna.

“O antifascismo e o anticomunismo visam suprimir a revolta dos povos contra o Pensamento Único

A extrema-esquerda e a extrema-direita são simulacros do século XX, ainda atadas ao conceito de nação do século XIX. Mas o Estado-Nação deve ser superado pelo conceito de Civilização, como Samuel Huntington já havia entendido no início dos anos noventa. É necessário superar a Vestfália e reconhecer a multiplicidade, na esteira do conceito heideggeriano de Dasein, que é o pré-requisito necessário para o reconhecimento das diferentes civilizações. Heidegger criticou o liberalismo e o comunismo, mas também – e de modo profundo – o nacional-socialismo, que ele acusou de ser racista e mecanicista. A Quarta Teoria Política não é uma mera Terceira Via entre o liberalismo e o comunismo. Com isso, ressalto minha crítica e meu ataque ao fascismo, ao nacionalismo e as suas expressões racistas, que têm servido como instrumentos do colonialismos eurocêntrico por parte do Ocidente, que usa destas para minar o desenvolvimento independente das diversas civilizações. Hoje, esse fascismo não tem lugar no Ocidente: diferente do Populismo, que é um fenômeno fundamental.

 

Novo Horizonte: Irão reuniu intelectuais de todo o mundo

Durante três dias Meched recebe anualmente toda uma miríade de intelectuais, académicos, personalidades políticas e militares, cantores, escritores, cineastas, críticos de cinema que se tenham destacado nos seus campos por um posicionamento anti-sionista e anti-imperialista.
A organização afirma que os conferencistas devem estar dispostos a debater os diferentes aspectos dos ideários da humanidade e as realidades do mundo que não recolhem grande tempo de antena pelas instituições e meios de comunicação social mais convencionais ou de maior disseminação e influência.
A temática mais frequente lida com assuntos de âmbito mundial e regional, geopolítica do Médio Oriente e da Eurásia, a presença islâmica na Europa, a islamofobia, a irãnofobia e a discriminação em geral, a hostilidade institucional dos Estados Unidos da América para com a sua população afro-descendente, o lobby sionista, a política externa dos EUA, a cooperação Sul-Sul, os centros decisores da política ocidental, etc.

Manifesto Europa Magna

A Europa é um caldeirão sem saída. O caldeirão sem saída da história. Já não é européia. Tem perdido suas raízes profundas. Para qualquer europeu com consciência histórica clara, nosso tempo é um grande desastre. Assim, necessitamos identificar a essência de sua enfermidade, aprofundar-nos em suas fontes e propor a saída.

A Europa está baseada no aberto domínio da democracia liberal em sua forma mais radical e intolerante. O liberalismo de origem anglo-saxã é imposto à sociedade européia de maneira totalitária. Você está obrigado a ser livre, mas só à maneira liberal Pode optar por ser liberal de esquerda, liberal de direita e, em algum momento, de extrema esquerda – no extremo oposto da extrema direita liberal (liberal, não obstante).

A economia de livre mercado, o papel dominante da elite financeira internacional, o individualismo anti-social mais radical, o credo cego no progressismo técnico, a política de gênero e a forma mais absoluta de secularismo são considerados axiomas absolutos para a classe dominante, que os fixa através do poder político, do sistema educativo, do controle sobre os recursos informativos e dos meios de comunicação de massas, como este, do sistema normativo.

O Holismo Político – O Conceito de Sistema da Quarta Teoria Política

A QTP se baseia no conceito de holos, que também é um termo grego e significa “o todo”. Este todo, porém, é uma síntese entre os dois polos combatentes, o indivíduo de um lado e o coletivo de outro. O conceito de holos é, assim, o modelo primitivo de organização política, é o modelo de um uni-verso, em que a unidade e a diversidade constituem dois aspectos de uma mesma realidade que, no escopo político, constitui apolis, a cidade-Estado ou organização política primitiva e originária.

Assim, o sistema político da QTP constitui um holismo.

O homem, neste sistema, não é mais considerado um indivíduo. Pois, como vimos, o indivíduo é um ser fechado em si mesmo, e o homem, pelo contrário, é um ser orgânico, cuja essência inclui o respirar, o evacuar, atividades essencialmente relacionadas com o meio “externo” ao “indivíduo”.

O Ano Novo e natureza do tempo

O Ano novo é um feriado de liberdade, é sobre o fato de que o próximo ano não será tão linear e repulsivo como o anterior. Nossa tarefa, como Pessoas, é encontrar a ponte para um Ano Novo em nós mesmos, para que possamos permitir que o novo começo se torne realidade. Nós construímos fatalidades lineares por nós mesmos, mas existem outras vias: o ponto de bifurcação, quando a linha do tempo se transforma numa cobra que captura sua própria cauda, pode ser uma ocasião para pensar sobre o que é a verdadeira liberdade, e que não é muito tarde para alterar o curso das coisas.

Para onde quer que formos, sempre iremos errar, mas isso não significa que o atual curso das coisas seja correto: continuar nele é que será um erro. Há uma ocasião para a liberdade, no Ano Novo, que é o fracasso das ideias deterministas, quando um horizonte de possibilidades se abre para nós, situado-nos noutro espaço existencial, cuja abertura se inicia em nós [antropologicamente]. O Ano Novo é uma excelente ocasião para pensar sobre isso.

Rumo à Quarta Teoria Econômica

A QTP rejeita o capitalismo em suas raízes, bem como a modernidade. Consequentemente, no campo da economia, a QTP representa um retorno ao Trabalhador integral. Em grande parte, isso corresponde ao populismo americano do final do século XIX (a União dos Agricultores e a criação do Partido Populista em 1892, sendo Frances Willard, Thomas Watson, etc., aqueles que poderíamos chamar de seus fundadores) ou o anarquismo agrícola de Proudhon, inspirado na experiência suíça.

No entanto, a restauração da figura do Trabalhador integral só é possível mediante a restauração dos dois outros tipos indo-europeus: o Sacerdote integral e o Guerreiro integral (um exemplo do guerreiro integral seria o cavaleiro).

O Holismo Político: O Conceito de Sistema da Quarta Teoria Política

Em nível internacional, os Estados-nação estão relacionados de acordo com o conceito de multipolaridade: cada Estado tem seu lugar natural no sistema do mundo, que é o uni-verso em escala macrocósmica. Há uma amizade entre Estados, uma coparticipação no universo. Isto contraria os sistemas modernos, que são por definição universalistas e unipolaristas, buscando adequar o mundo inteiro de acordo com seus sistemas abstratos e individualistas (e exemplo disto são tanto a OTAN, liberal, quanto a União Soviética, socialista).
Os Estados-nação, assim, se tornam ideologicamente vazios, tornam-se ferramentas para a defesa das comunidades étnicas. O separatismo ou o unionismo se tornam vazios de sentido em si mesmos. Separatismo e unionismo são indiferentes para a determinação e preservação dos povos, de modo autônomo. O único fator que pode alterar a balança dos povos internamente aos Estados é o interesse dos governantes destes mesmos Estados.

Transhumanismo e Pós-humanismo

Claro que a grande maioria da humanidade hoje não está pronta para se transformar em cyborgs ou mutantes. Mas ninguém pediu a opinião da maioria da humanidade. Toda a história é feita pelas elites. As massas nunca estão prontas para nada. Mas isso não significa absolutamente nada. Eles não estão prontos - eles estão sendo preparados, e ninguém nem percebe isso.

O transhumanismo é inevitável se aceitarmos a tendência principal da Era Moderna, a fé no progresso, no desenvolvimento e na melhoria da humanidade. Esta religião, ou melhor, pseudo-religião do progresso, foi introduzida na Europa e no mundo pelo Iluminismo. Esta heresia gradualmente substituiu ou empurrou para a periferia todas as formas tradicionais de religião - em primeiro lugar, o cristianismo. É impossível parar a meio caminho neste percurso de progresso. Dizendo "a", temos que dizer "b", "c", "d" e todas as outras letras do alfabeto. H+ é a última carta. Daí em diante, apenas a linguagem do computador começa.

É necessário que nos livremos da globalização das mentes

Assim, o mais importante é construir uma metafísica profunda para um mundo multipolar – uma descolonização profunda. A descolonização política nem sempre é seguida pela descolonização das mentes, uma vez que a modernidade penetra no próprio núcleo da cultura: livrar-se dela e dizer “sim” às suas raízes é muito difícil. Desta forma, a independência política é uma condição necessária, mas não suficiente.

O racismo é parte da ideologia liberal

Em primeiro lugar, as sociedades étnico-orgânicas devem ser salvas da ditadura modernista e nacionalista de tipo ocidental. O eurasianismo é precisamente isto: um Império tradicional, sagrado, religiosos e espiritual, baseado nas sociedades étnico-orgânicas tradicionais, contra o Estado-Nação burguês e contra a globalização (que é a universalização do padrão liberal em escala global). Neste primeiro nível, o nacionalismo étnico pode ser considerado como parte legítima da luta de libertação contra o imperialismo (é o caso da recente luta dos galeses e escoceses, que eu apoio totalmente).

Mais do que isso, considero legítima a vontade dos ucranianos de reafirmarem sua identidade étnica. Mas uma coisa é a afirmação da identidade e outra é criação de novos Estado nacionais burgueses, que irão necessariamente oprimir minorias étnicas. O Estado nacional (grande ou pequeno) não é solução.

A Quarta Teoria Política é uma teoria radical e revolucionária!

Se o Liberalismo é o projeto de poder da classe dominante globalista, afirmado diariamente contra o direito dos povos de forjarem os seus próprios destinos de maneira independente, a Revolução proposta pela Quarta Teoria Política afirma o contrário: a necessidade de se destruir o Liberalismo por completo, materialmente (o modo de produção capitalista) e espiritualmente (os valores liberais e burgueses de base), tendo em vista a edificação de um Novo Mundo, pautado sobre um novo paradigma: o de que os Povos são donos integrais de seus destinos históricos.

A Quarta Teoria Política é a teoria da vitória!

Depois de destruir as medidas historiais-ontológicas da modernidade (o que inclui o Liberalismo em todas a suas manifestações), a Quarta Teoria Política deseja avançar rumo a um futuro luminoso, onde cada povo, uma vez livre do jugo do globalismo e do Capital, poderá determinar os seu próprio destino histórico autenticamente e construir sua própria civilização da maneira que desejar.

Marxismo, multipolaridade e Relações Internacionais

A principal diferença entre a TMM e a teoria neo-marxista do sistema mundial (bem como em relação aos projetos de Negri, Hardt e de outros altermundialistas) consiste no fato da TMM não reconhecer, em absoluto, o fatalismo histórico das teorias marxistas, que insistem na premissa do capitalismo como uma fase generalizadamente obrigatória e universal do desenvolvimento histórico, a qual será seguida da fase igualmente fatal e irrevogável da revolução proletária. Para a TMM, o capitalismo é uma forma empiricamente fixa de desenvolvimento da civilização ocidental-européia, enraizada na cultura desta e difundida quase em escala planetária. Mas uma análise profunda do capitalismo nas sociedades não-ocidentais demonstra, com certa consistência, a sua natureza simuladora e superficial, dotada de propriedades semânticas muito distintas e representando sempre algo atípico e diferente da formatação socioeconômica que prevalece no Ocidente moderno. O capitalismo surgiu no Ocidente e pode tanto continuar a evoluir como perecer. Mas a sua expansão para além do mundo ocidental, embora condicionada pela tendência expansionista do Capital, não tem razão de ser nas sociedades não-ocidentais onde ele projeta-se. Cada civilização possui sua própria noção de tempo, história, economia e lógica de desenvolvimento material.

O neoliberalismo é o niilismo puro

O liberalismo é o processo histórico da libertação do indivíduo. Porém, nem tudo é tão claro como parece. Porque o indivíduo não existe. O indivíduo puro não existe. A pessoa concreta, o ser humano, é o ponto de confluência de muitas identidades coletivas. Por isso, o processo de libertação do indivíduo, das identidades coletivas (a religião, a classe social, a nação, o gênero), se produz ao mesmo tempo em que se cria este indivíduo (que não existe). [John] Stuart Mill, o autor mais importante do liberalismo, dizia que existe liberty e freedom. Liberty é a liberdade de algo. Freedom é a liberdade para algo. O liberalismo é a liberdade “de” algo. De que? Das identidades coletivas. No entanto, isso é negativo. Quem é realmente liberto? Não está claro.  Porque quem aparece depois desta suposta libertação não é o homem, mas, sim, um simulacro: a máquina, o robô, o ciborgue. Porque, libertando este ser, indefinido em termos de coisas concretas, das identidades coletivas, surge algo: que é o pós-humano. É o pós-humanismo. Não se trata de algo casual. E o neoliberalismo, nesta linha, é niilismo puro. Quando não compreendemos isso, quando nos deixamos levar pelo progresso, pelas tecnologias, pelo conformismo e pelo consumismo, embora não sejamos vítimas inconscientes, sem nos darmos conta, estamos aprovando este processo.

O Brasil e o Mundo Multipolar

Antes de tudo, a Quarta Teoria Política é o meio mais importante de desenvolver a política em nosso tempo. Ela não depende de outras teorias políticas. Há dois livros, um em italiano e outro em espanhol, dedicados ao desenvolvimento da QTP; mas a QTP é muito mais importante do que esses livros já publicados. A ideia da QTP é exatamente o que se segue: estamos vivendo sob a Primeira Teoria Política, o liberalismo; então o mundo é baseado nessa ideologia, nesse princípio ideológico. Quando há algo algo que corresponde à principal linha dessa ideologia , então, vivemos nos modelos liberais de liberdade, progresso, política, todos moldados pela ideologia liberal. Isso é absolutamente necessário para manter o mundo dessa forma. O liberalismo é uma ideologia absolutamente totalitária.

Mas, para se aprofundar mais nesse totalitarismo liberal, precisamos expor o tipo de observação histórica a respeito dele. O que há precisamente no liberalismo é esse aspecto totalitário. É algo que se torna global,que se espalha pela globalização. Para atingir o "progresso", o liberalismo deve destruir todas as formas de identidade coletiva: sem Clero, sem Aristocracia, sem Campesinato: todos, para o liberalismo, devem se tornar burgueses. Não deve haver aristocracia, clero nem camponeses, todos devem se tornar capitalistas, burgueses capitalistas. E esse tipo de burguesia é a norma para o típico momento liberal: ideologia capitalista liberal, democracia capitalista liberal, todas as formas devem ser liberais. No século XIX, essa teoria política foi atacada por outra: a Segunda Teoria Política, o Marxismo.

Encontro com Heidegger: Um Convite à Jornada

Dentre os grandes pensadores, dois lugares podem ser colocados pra Heidegger, dependendo de como olhamos pra ele, do grau que o estudamos e em quanto acreditamos nele. Ao menos pode-se afirmar que Heidegger é o maior pensador contemporâneo, entrando na constelação dos melhores pensadores da Europa, deste os tempos pré-socráticos até a nossa época. Nesse sentido, eles o chamam de "príncipe dos filósofos". Mesmo aqueles para os quais a filosofia dele é indiferente ou aqueles que discordam dele reconhecem sua grandeza inquestionável.

Heidegger é universalmente reconhecido como um grande filósofo da história mundial. Ninguém contesta isso seriamente, mas há pessoas que calmamente seguem em frente, se apoiando em outros nichos de filosofia, enquanto outros respondem intensamente a mensagem dele, usando seus termos ("Dasein", "existencial", "Angst", etc.) e se permitindo conduzir pelos pensamentos do filósofo.

Um lugar diferente, especial e exclusivo na história da filosofia pode ser colocado para Heidegger, caso reconheçamos e confiemos plenamente nele, imergindo-nos em seu pensamento e fazendo dele nossa maior autoridade [filosófica]. Em outras palavras, Heidegger, no espaço do heideggerianismo, vai diferir essencialmente do Heidegger na posição média e convencional da história da filosofia.

Nesse caso, Heidegger será revelado não apenas como o maior filósofo, comparável a outros grandes nomes, mas como o maior dentre todos eles, ocupando o lugar de último profeta, concluindo o desenvolvimento do primeiro estágio da filosofia (de Anaximandro a Nietzsche) e servindo como transição, a ponte para uma nova filosofia, a qual ele apenas antecipa em seus trabalhos.

Esquerda Estética

Há a cooptação da população negra pelo uso de negros em comerciais de grandes corporações – mesmo que essas corporações façam uso de trabalho escravo/semi-escravo na África. Podemos citar mesmo a captação econômica dos homossexuais por meio de uma “agenda gay” que se utiliza de gays para representar, por exemplo, marcas de roupas – que se beneficiam do trabalho de milhares de costureiras clandestinas em regime de trabalho escravo e/ou semi-escravo.
Mulheres transexuais para parabenizar o dia da mulher com a logomarca de alguma estrutura corporativa que explora mulheres no Terceiro Mundo. Essas dicotomias não são interessantes para a Esquerda porque, para essa ideologia, as relações de dominação econômica são menos importantes (e menos interessantes) do que a representatividade e o aspecto estético midiático em si. São pequenos efeitos colaterais que podem ser devidamente ignorados num processo “muito mais importante”: promover uma “revolução” nas mentalidades e no comportamento humano.
A representação da mulher burguesa é essencialmente mais importante do que a defesa do homem proletário (ou da própria mulher proletária); um gay rico é esteticamente mais útil para a propaganda em si do que um heterossexual proletário.

O Momento Antropológico na História Humana

Considerações mais gerais serão feitas no futuro. A humanidade está se aproximando do momento de singularidade, quando o intelecto artificial irá igualar ou se tornar mais forte do que o intelecto humano. Tecnicamente, isso está quase concluído - e computadores quânticos e progressos nas redes neurais são coisas incríveis. Logo, precisamos nos concentrar novamente na antropologia profunda, sobre a questão: o que é humano? O que isso significa agora? E, especialmente, diante da Inteligência Artificial. Esse é o principal desafio.

O Conceito Cosmoliberal de Liberdade

O cosmoliberalismo executa uma adulteração na concepção de liberdade. Como explicado pelo professor Alexandr Dugin, o conceito liberal de liberdade é essencialmente negativo, oriundo de John Stuart Mill. É sempre a liberdade "de" algo, e não "para" algo.

Além do aspecto essencialmente negativo contido na semântica liberal, há a desfiguração da liberdade como algo unicamente individual - a liberdade no singular, nunca no plural. "Eu" sou livre - "nós", não. É a liberdade para o cosmético, o minimalista e sistematicamente irrelevante: a liberdade para "escolher" a cor e o corte dos cabelos, as roupas, as companhias sexuais, a raça de cachorro, a decoração da sala de estar, o estilo musical, a ideologia, a tribo urbana, o time favorito, a religião e até mesmo o gênero e a raça (trans-racialismo). O indivíduo pode escolher suas "partes", seus dispositivos.

Política, Liberalismo e Violência: Walter Benjamin e Carl Schmitt

Entre os escritos filosóficos de Walter Benjamin, destaca-se por sua lucidez o ensaio Para uma Crítica da Violência. Gewalt, violência, em alemão também significa força, poder, autoridade; a palavra, como em seguida deixa claro o autor, indica uma causa agente moralmente conotável. Entrelaça-se com o direito e a justiça no ciclo dos fins e dos meios. Para o direito natural não se propõe o problema da utilização de meios violentos para fins justos; a delegação de direitos feia pelos indivíduos para o Estado pressupõe "que o indivíduo enquanto tal, e antes da conclusão desse contrato racional, exerce também de jure todos os poderes que tem de facto", [2] já que spinozianamente "o direito de cada um se estende até onde se estende seu determinado poder" [3]. Em contraste com a teoria jusnaturalista da violência como "fisiológica", natural, o direito positivo considera o poder historicamente dado, julgando somente o uso de seus meios. O direito natural e o direito positivo se distinguem respectivamente como critério dos fins e critérios dos meios, na medida em que se baseiam, um sobre o princípio da justiça e o outro sobre o princípio da legalidade. O único ponto de união das duas escolas é, em palavras de Benjamin, o "dogma fundamental comum: os fins justos podem ser alcançados com meios legítimos, os meios legítimos podem ser empregados para fins justos". [4] Em outras palavras, o jusnaturalismo adapta os meios aos fins justos, enquanto que a teoria positiva do direito garante o bom fim com a legitimidade dos meios, razão pela qual "se o direito positivo é cego para a incondicionalidade dos fins, o direito natural é cego para os condicionamentos dos meios" [5]; as duas perspectivas revelam uma insuficiência crítica.

As Raízes da Identidade

A maioria esmagadora dos membros de uma sociedade possui este tipo de identidade como uma percepção vaga, geralmente subconsciente, da unidade de pertencimento a um povo, uma história, um Estado, uma linguagem e religião. A identidade difusa quase nunca domina a vida cotidiana, sendo secundária, ou mesmo terciária, em relação à identidade individual. É comum que aqueles que possuem uma identidade difusa deem prioridade ao próprio "eu", ao conforto, aos sentimentos e à segurança seguido pelos de familiares e amigos – e somente depois vem um vago entendimento a respeito de sua pertença a uma determinada sociedade ou povo (ao invés de a outro). Em circunstâncias normais, a identidade difusa não requer ações específicas e é percebida de maneira fraca: seus portadores podem até não ter noção de seus conteúdos e estruturas.

Qual é o Sentido da Vida?

Não há dúvidas, a liberdade existe. E além disso, ela é essencial. Ela constituiu o Homem. E o ser. Ela é a base de todas as teologias monoteístas, que tiveram até mesmo uma imensa influência na nossa, vamos dizer, cultura ateísta. A liberdade, na verdade, é a principal dimensão do ser. E do ser humano. Mas veja, essa tese encontra um número de antíteses e é refutada por muitas, não uitas, mas por todo o fluxo da realidade. A busca pela verdadeira liberdade é um salto, a refutação de uma verdade objetiva, de uma realidade cinzenta, e é o motor supremo, o prêmio supremo para uma vida autêntica, uma existência autêntica. Eu penso que a liberdade não está no exterior, está no interior. Não há uma força que possa conceder ao homem liberdade, ele deve lutar por ela. É um imperativo ético da vida realizar essa liberdade, asseverá-la. Eu afirmo uma total e absoluta liberdade, o que é chamado de “o objetivo da Moksha” no hinduísmo. A realidade, na sua qualidade imanente, é uma espécie de campo de concentração, um universo de concentração. Ela força todas as criaturas a estarem na sua esfera de influência, a se sentirem sem liberdade e a se definirem como sem liberdade. E o imperativo de toda criatura espiritual é uma luta e uma rebelião permanente contra esse sistema de concentração da realidade. E no sentido social também. Mas esse é um dos aspectos. O homem deve rebelar-se contra toda a falta de liberdade em todas as camadas e domínios do campo de concentração: no nível da dominação da carne, a dominação da inércia, a dominação do sono, a dominação do fluxo da consciência. E inclusive o que as doutrinas sociais chamam de “O Sistema”. Eu me refiro aos devotos da entropia, que tentam impingir barreiras. As criaturas e aspectos da realidade que negam, rejeitam, proíbem a liberdade, nós precisamos enfrentá-los. Uma luta permanente e impassível. Aniquilação. Essa é a dignidade do Homem. A dignidade de toda criatura espiritual.

Bukharin – A Economia Mundial e o Imperialismo

O advento da globalização propicia uma divisão internacional do trabalho, além das condições políticas de cada país, em que cada burocracia permite em uma região, o desenvolvimento de modelos específicos de economias. Além desta variável, existe as condições naturais de cada ambiente, determinados produtos, em especial do ramo alimentício, só são encontrados em regiões geográficas propícias ao seu plantio.

O surgimento do desenvolvimento desigual e combinado surge quando a integração das economias nacionais dentro do sistema internacional permite criar uma dinâmica econômica com um fim específico, a aquisição de lucros, sob o desenvolvimento econômico de cada região, baseada em suas particularidades, em que a base social de cada país permite o mercado regional ter características de uma economia desenvolvida ao patamar de sua época ou em desenvolvimento.

As Raízes Metafísicas das Ideologias Políticas

Podemos agora resumir as posições sociopolíticas do século XX das três principais ideologias que distinguimos. Os defensores do polo-paradisíaco representam um Império Novo, celestial e escatológico formado em torno do polo do Líder sobre-humano (o Terceiro Reich e o Führerprinzip do nacional-socialismo alemão). Os apoiadores da posição Criador-Criação estão ao lado da democracia e do liberalismo moderados, buscando preservar o status quo social dos indivíduos autônomos "marginalizados do Paraíso", sem abandonar a busca pelo Princípio perdido, mas, no entanto, não insistem nesse empreendimento (isso é especialmente verdadeiro para os regimes democráticos da Europa Central e dos estados norte-americanos dos séculos XVIII e XIX).

Finalmente, a doutrina da Matéria Mágica, aberta e originalmente ateísta, manifestou-se em sistemas políticos socialistas e comunistas, cujos tipos variam do cosmismo totalitário absoluto, como o Juche5] coreano e o experimento do Pol Pot cambojano (em que a noção pavlovense dos reflexos adquiridos do homem-objeto encontrou sua aplicação mais ampla), aos modelos contemporâneos e suecos da "sociedade de consumo", nos quais o cosmos natural e grosseiro dos "socialistas primitivos" foi substituído por um "cosmos" industrial, tecnológico, artificial e socializado - um verdadeiro sonho transformado em realidade pelos materialistas místicos.

Pós-Antropologia

Uma sociedade concreta (fenomênica) sempre consiste em duas partes, a superficial e a subterrânea. A parte superficial é a que normalmente chamamos "sociedade", significando uma esfera de atividade racional onde o logos (λόγος) prevalece. Este é o domínio do "diurno". A parte subterrânea é a ilha escura, subaquática, do inconsciente coletivo, a região da noite social (o "noturno"), onde o mito (μύθος) governa.

Nova Resistência

A Quarta Teoria Política é uma teoria afirmativa, radical e revolucionária. Ela afirma, afirma e afirma a possibilidade (e a necessidade!) de uma Revolução na pós-modernidade.
Se a modernidade foi politicamente caracterizada pela disputa entre três projetos de poder distintos (liberalismo, comunismo e fascismo), a pós-modernidade (ou pós-liberalismo, como denomina o professor Aleksandr Dugin) é era do domínio hegemônico do vencedor dessa disputa sobre o mundo, a saber: o Liberalismo.
Engana-se quem crê que o Liberalismo seja apenas uma doutrina econômica. No pós-liberalismo, o Liberalismo deixa de ser uma mera doutrina entre outras e passa a ser um modelo de representação social, uma moldura mental figurativa, um fato comportamental, que permeia e condiciona até mesmo o modo como às pessoas percebem e vivenciam o mundo. No pós-liberalismo, período histórico da hegemonia global unipolar, o Liberalismo deixa de ser um simples projeto de poder e passa a ser o único projeto de poder realmente existente – difundido, propagado e imposto pelo Ocidente ao resto do mundo como norma universal (de onde deriva a doutrina neocon do Fim da História).
Se o Liberalismo é o projeto de poder da classe dominante globalista, afirmado diariamente contra o direito dos povos de forjarem os seus próprios destinos de maneira independente, a Revolução proposta pela Quarta Teoria Política afirma o contrário: a necessidade de se destruir o Liberalismo por completo, materialmente (o modo de produção capitalista) e espiritualmente (os valores liberais e burgueses de base), tendo em vista a edificação de um Novo Mundo, pautado sobre um novo paradigma: o de que os Povos são donos integrais de seus destinos históricos.

O Brasil e o Mundo Multipolar

O liberalismo demonizou as outras duas teorias políticas como "totalitárias". Assim, ele tem conseguido justificar com facilidade a destruição de qualquer alternativa na forma das teorias políticas como o socialismo ou o nacionalismo. É exatamente por isso que precisamos pensar em outras alternativas, como a Quarta Teoria Política. Talvez Luis Inácio Lula da Silva seja uma alternativa ao mundo unipolar. Mas não devemos adotar a cegueira das teorias anteriores, que ainda falham em perceber aspectos essenciais da natureza liberal.

A Segunda Teoria Política e a Terceira Teoria Política repetem erros do liberalismo: o comunismo, por seu internacionalismo; o nacionalismo, por sua limitação em torno do Estado-nação. É preciso compreender os pontos principais do funcionamento liberal, e essas teorias possuem pontos positivos em relação a isso. Mas ainda falham em entender o cérebro que move a ideologia liberal. Assim, é preciso aprimorar essas alternativas.

Então, eu recomendo aos políticos brasileiros antiliberais que aprimorem suas visões. Para reagir à hegemonia liberal, é preciso compreender o aspecto global da operação dessa ideologia e como resistir a ela. Por isso mesmo, recomendo que essas figuras políticas, como as que você citou, compreendam a identidade brasileira, a agenda de sociedade civil do liberalismo e que considerem seriamente as propostas da Quarta Teoria Política. Só assim serão capazes de construir algo consistente em relação a essa ideologia política.

O Populismo Moderno

O Povo é um conceito político que está aparecendo, hoje, em oposição ao liberalismo. Os liberais estão gritando sobre uma ameaça fascista ou comunista, e são incapazes de compreender a essência do momento populista, o qual interpretam por meio de velhos clichês. É por isso que eles estão perdendo. É por isso que eles estão condenados.

No entanto, tanto a Esquerda quanto a Direita são unânimes em achar que este é apenas um momento, um período de tempo limitado, uma espécie de quantum no movimento histórico. Provavelmente, ninguém pode dizer se o Povo (e, consequentemente, o populismo) é um sistema, um programa, uma estratégia ou apenas uma correção temporária no curso da globalização liberal.

Os globalistas tiveram seu momento no início dos anos 90 - o momento unipolar. Eles arruinaram tudo o que puderam ao longo de trinta anos, transformando a globalização e o mundo unipolar numa horrenda caricatura. Os reformadores da Rússia nos anos 90 fizeram o mesmo com a democracia. Agora, um momento diferente está chegando. O Povo está aparecendo no palco da história do mundo. Esta é uma chance, um risco, uma responsabilidade e um desafio. Mas é o nosso momento. Não utilizá-lo seria um verdadeiro crime.

BRICS: Novo Ator da Geopolítica Multipolar

Os BRICS por meio deste artigo confirmam seu compromisso para com a realização de eleições democráticas em todos territórios nacionais, em que haja cumprimento de justiça por parte de leis que respeitem direitos civis, constitucionais e humanos, sendo permitido em todas as instituições o instrumento de defesa em resoluções de assuntos judiciais e condução do processo legal por meio de instituições estatais de cunho democrático e reconhecidas pela legitimidade constitucional de cada país.

Ao contrário do intervencionismo defendido por Alemanha, França e Estados Unidos, a consolidação de regimes democráticos, introdução de direitos humanos, civis e constitucionais em cada nação ou o aprimoramento destes em caso de prévia existência dos mesmos, este processo deverá ser conduzido pelas instituições nacionais, impedindo a intervenção externa por compartilhar do princípio de soberania nacional e direito de escolha do modo de gestão adequado a um determinado país de acordo com a escolha da população por meio do voto eleitoral, ou formas de representação política que adentrem em um cunho democrático.

Os BRICS contribuem ao projeto de Geopolítica multipolar quando assumem o compromisso de respeitar a autodeterminação dos povos, soberanias nacionais, diversidade dos modelos de desenvolvimento, distintas abordagens para com os direitos humanos, civis, tributário, constitucionais e internacional; estimular e indicar a não intervenção militar de nações para resoluções de problemas internos de um determinado país, salva a exceção de solicitação de ajuda militar por meio de protocolos que respeitem o Tratado de Genebra por meio da ONU ou os tribunais de Haia e Genebra, renovação nas políticas econômicas a nível internacional através de criação de alternativas ao FMI, OMC e Consenso de Washington, no intuito de oferecer outros modelos de negociações para com os países subdesenvolvidos.

Consenso de Washington: Neoliberalismo, Economia Dependente e a Globalização

Em novembro de 1989, o Fundo Monetário Internacional, protocolou o documento denominado Consenso de Washington. Este protocolo, baseado em dez recomendações, tais quais a disciplina fiscal, redução dos gastos públicos, juros de mercado, câmbio de mercado, abertura comercial, investimento estrangeiro direito, com eliminações de restrições, privatização das estatais, desregulamentação da economia e o direito à propriedade intelectual.

Estas medidas foram oferecidas pelo Estado Norte Americano em discussões de órgãos internacionais de economia. Suas discussões iniciais foram galgadas na Organização Mundial do Comércio, onde fora sugerido que estes protocolos de ações políticas fossem exigências formais para que países viessem a pedir ajuda monetária ao FMI.

Quarta Teoria Política: uma breve apresentação

Agora estamos totalmente preparados e armados para interpretar corretamente o mundo (político) ao nosso redor, e também para tratá-lo como ele merece. O modo mais fácil de compreender o que é a Quarta Teoria Política é concentrando-se atenciosamente no seguinte conjunto de imagens:

A Quarta Teoria Política: seu símbolo significa o número 4 e o sinal de Júpiter, o planeta da Ordem e da Monarquia. É o símbolo patriarcal indo-europeu do Deus dos Céus - Dyaus, Zeus, Deus.

Os Estados Unidos e a Nova Ordem Mundial na perspectiva de Aleksandr Dugin

A Nova Ordem Mundial é um projeto geopolítico que começou a ser debatido no final dos anos 80, quando, no fim do regime Soviético, Gorbachev cogitou a cooperação entre a União Soviética e os Estados Unidos, convergindo em uma política internacional em comum, especialmente em específicas cooperações de interesses comuns, tal qual a Guerra do Golfo, em 1991.

Este conceito geopolítico é moldável às circunstâncias históricas, após 1991, sob o fim do regime socialista no Leste Europeu, o historiador Fukuyama escreve a respeito de uma Nova Ordem Mundial, caracterizada pela hegemonia econômica pautada no livre mercado e tendo seu principal ator, os Estados Unidos da América em que foi o guia desta vitória durante o processo de Guerra Fria.

No atual momento histórico não há uma ordem mundial vigente, mas um período de intervalos que determina um processo histórico de criação de uma ordem, devido à paradigmas das relações internacionais que estão tentando delimitar o poder político-econômico a nível global por meio dos interesses de possíveis atores de medidas em escalas internacionais; o pensador russo cria uma dicotomia entre o regionalismo e o globalismo, analisando-os enquanto delimitações geográficas possíveis de alcance e controle de poder político.

A Quarta Teoria Política e o Pós-Liberalismo

De fato, aqui surge a Quarta Teoria Política. Se analisamos mais a fundo o que propomos contra essa globalização e o liberalismo, se propomos, desafortunadamente, o comunismo da segunda teoria política ou o fascismo da terceira teoria política, então não podemos propor nada mais contra o liberalismo.

Os liberais mesmos esfregam as mãos ao ver isso. Quando começamos a criticar a globalização, dizem que somos fascistas e comunistas. Quando começamos a explicar que há algo mais, dizem que não. "Está justificando o comunismo e o fascismo, vocês são só comunistas ou fascistas enrustidos! Vocês são fascistas enrustidos ou comunistas enrustidos!" Neste sistema da filosofia política da modernidade não existe o conceito de uma quarta. O significado da Quarta Teoria Política começa com essa suposição de que não existe, mas deveria existir. Ela é necessária para derrotar o liberalismo sem cair na armadilha do comunismo e do fascismo. Talvez possamos ir de novo pelo mesmo caminho e construir uma sociedade socialista e totalitária na qual haverá pouca liberdade, e cedo ou tarde virão os liberais e tudo voltará a se repetir. Podemos construir um Estado fascista em algum lugar, como se tenta na Ucrânia, até que as pessoas entendam que não há liberdade suficiente e que o racismo, o nacionalismo e o chauvinismo são repugnantes. E logo voltaremos ao mesmo liberalismo novamente.

Marcelo Odebrecht ensina: democracia é ilusão

Inúmeros nomes, listas inteiras de pessoas, empresas, firmas, partidos políticos e figurões. As delações intermináveis dos Odebrecht (e principalmente de Marcelo, o sucessor dessa dinastia) mostram algo bastante simples, e que parece ainda não ter sido compreendido pela maioria dos observadores: democracia é ilusão.

A dinastia Odebrecht praticamente tem ditado os rumos da política brasileira (e não só dela) há pelo menos mais de trinta anos - remontando inclusive ao regime militar, o que destrói a retórica direitista da "moral ilibada" dos governantes militares.

Em todos os processos eleitorais, a empresa Odebrecht (empreiteira, essencialmente dominante e com um capital vastíssimo) financiou diretamente as candidaturas de praticamente todos os candidatos (ao menos os mais significativos deles). Isso significa, em termos práticos, que não importa quem vence uma eleição, a Odebrecht sempre ganharia - como num Cassino: a casa sempre ganha.

Terceira Guerra Mundial: O Início?

O que aconteceu em 7 de abril de 2017 poderia ser o início de uma Terceira Guerra Mundial. Em regra, ninguém quer guerra, mas eis que guerras ocorrem, e às vezes elas são mundiais. Portanto, eu proponho que em primeiro lugar, como no caso de qualquer desastre, é necessário permanecer calmo e recobrar o juízo.
 
Em 7 de abril de 2017, pela primeira vez desde o início do conflito na Síria, os EUA lançaram um grande ataque com mísseis Tomahwak contra uma base aérea síria, ou seja, contra nós. Por que não usamos um complexo de defesa anti-mísseis? Segundo uma teoria, nós não temos um número suficiente deles para repelir um ataque total de tropas americanas, já que eles estão programados primariamente contra ataques de mísseis de outros inimigos potenciais. A segunda teoria é que Moscou não ousou dar a ordem, já que isso significaria o início irreversível de uma guerra com os EUA. Washington ousou, e sabia bem o que estava fazendo. Nós não ousamos. Antes de seguir com as previsões, vale a pena examinar novamente o contexto, as condições iniciais do que poderia se tornar (ainda possivelmente não) a Terceira Guerra Mundial.

O que acontece com a Europa?

Geopoliticamente a Europa é hoje uma entidade atlantista. A teoria geopolítica criada pelo inglês Sir H. Mackinder declara que há dois tipos de civilizações – a civilização do Mar (Seapower) e a civilização da Terra (Landpower). Ambas estão constituídas sobre sistemas de valores opostos. O Seapower é puramente mercantil, modernista e materialista. O Landpower é tradicionalista, espiritual e heroico. Esse dualismo corresponde ao par conceitual de Werner Sombart: Händlres e Helden. A sociedade europeia moderna está plenamente integrada na civilização do mar. Isso se manifesta na hegemonia estratégica norte-americana e na OTAN. 
 
Essa situação impede que a Europa se converta numa entidade geopolítica independente. Mais profundamente, perverte a natureza geopolítica da Europa como entidade continental – Landpower. 
 
Portanto, há uma necessidade de mudar a situação e restabelecer a estratégia do Landpower baseada na verdadeira soberania europeia. Em vez do atlantismo, a Europa necessita converter-se numa potência estratégica continental.

Sobre os Identitários, a Tradição e a Revolução Global

Considero que os identitários são aliados quando rechaçam a modernidade, a oligarquia global e o capitalismo liberal mortífero para as culturas étnicas e as tradições. 
 
A ordem política moderna é essencialmente global e se baseia puramente na identidade individual. É a pior ordem possível e deve ser totalmente destruída. 
 
Quando os identitários militam por uma reafirmação da Tradição e das antigas culturas dos povos europeus, têm razão. Mas quando atacam os imigrantes, os muçulmanos, os nacionalistas doutros países (baseado em conflitos históricos), quando defendem os EUA, o atlantismo, o liberalismo ou a modernidade, quando consideram a raça branca (a que criou a modernidade) como a raça superior e afirmam que outras raças são inferiores, estou em total desacordo com eles. 
 
Mais do que isso, não posso defender brancos contra não-brancos apenas por ser branco e indo-europeu. Reconheço a diferença de outros grupos étnicos como uma coisa natural e rechaço qualquer hierarquia entre os povos, dado que não existe, e não pode existir, uma medida universal para a comparação das sociedades étnicas e os sistemas de valores. 

René Guénon: Tradicionalismo como Linguagem

René Guénon é a pessoa mais reta, inteligente e importante do século XX. Um trabalho mais esperto, profundo, claro e absoluto não houve e provavelmente não poderia haver. Não é coincidência que o tradicionalista francês René Alleau em um volume dedicado a Guénon comparou sua obra à de Marx. Aparentemente, figuras bem diferentes, opostas. Guénon é um ultratradicionalista conservador. Marx era um inovador revolucionário, um iconoclasta subversivo radical. Mas René Alleau adivinhou de forma absolutamente correta a mensagem revolucionária da exegese de Guénon, o inconformismo extremo e brutal de sua posição, sua derrubada de tudo, a natureza totalmente radical de seu pensamento. O fato de que René Guénon foi o único autor, o único pensador do século XX, e muitos séculos antes disso, que não só identificou e entrou no paradigma secundário da linguagem, mas também questionou a própria essência da linguagem (e da metalinguagem). A linguagem do marxismo era metodologicamente muito interessante (especialmente em certo momento histórico), reduzindo estreitamente a existência histórica da humanidade por uma fórmula clara e convincente ao confronto entre trabalho e capital (o que, na verdade, foi um progresso epistemológico e revolucionário colossal, na medida em que permitiu que muitas coisas fossem organizadas e postas em um design dinâmico e mais ou menos consistente). Sendo um zeitgeist paradigmático, o marxismo foi tão popular a ponto de conquistar as mentes dos maiores intelectuais do século XX. Mas na obra de Guénon há uma análise ainda mais fundamental, um desmascaramento ainda mais radical, um conflito ideológico ainda mais amplo, pondo tudo em questão.
 
Guénon desenvolveu um dos sistemas intelectuais paradigmáticos mais importantes. Naturalmente, ele existia antes de forma vaga, e foi usado em alguma medida, mas somente Guénon o identificou enquanto linguagem. Ele fez algo similar a Saussure ou outros linguistas estruturais. O aspecto mais importante do sistema paradigmático de Guénon, que ele havia deduzido, e que é, talvez, o mais universal e poderoso dos termos e conceitos de nossa época, é o conceito de "linguagem da modernidade".

Do Paradigma Moderno e do Tradicional, e da Linguagem

A tecnologia moderna depende dos sistemas da ciência, a ciência depende da filosofia, isto é, da visão-de-mundo filosófica expressa em conceitos abstratos. E esta visão-de-mundo, por sua vez, de um paradigma linguístico. As ideologias, em geral, inclusive a Quarta Teoria Política, participam da tecnologia, da ciência e da visão-de-mundo, dependendo do nível de profundidade e influência em que elas estão enraizadas. Nenhuma ideologia, contudo, alcança o patamar subjacente e universal da linguagem – todas as ideologias estão presas a um paradigma linguístico que é, atualmente, o “aristotélico”, inclusive a Quarta Teoria Política.
 
Entretanto, o objetivo da QTP é peculiar, e apresenta uma grande influência heideggeriana neste ponto: é acenar, desde dentro do paradigma moderno e aristotélico, para um outro paradigma, esquecido. O fato da filosofia guenoniana ser usada como o paradigma anti-moderno, ao qual a QTP aponta, é mais simbólico do que exato e analítico. Guénon expressou-se, obviamente, em terminologia moderna, negando-a porém; portanto, seu paradigma não se reduz aos seus conceitos modernos, ele os ultrapassa e busca uma simplicidade primordial sobre a qual Heidegger discursa quando se inclina a encontrar outro sentido, ontológico e não conceitual, para o termo “linguagem”. A linguagem nos mostra o mundo, é uma invocação mística, e acontece sem palavras: a flor que desabrocha nos fala o ser; um filósofo moderno pode rabiscar muitos conceitos e não nos dizer nada ainda assim, uma vez que seus conceitos não passam de abstrações e manipulação lógica.

O Globalismo e a Guerra Cultural

Em um vídeo interessante, Ariano Suassuna trata da questão da guerra cultural e de como seu papel é fundamental na imposição do globalismo anglo-saxão. Em primeiro lugar, é preciso retirar o conceito “Guerra Cultural” – termo apropriado pela própria direita de inspiração anglo-saxã. Aqui, vemos como o ideal globalista é pervertido: esta mesma direita afirma que há uma guerra cultural contra os Estados Unidos, praticada pela “esquerda globalista”. E nada pode ser mais mentiroso.

Em primeiro lugar, só há um projeto globalista: o americano, inspirado nos ideais do “Destino Manifesto”. Mesmo com o caráter diferente e pós-moderno, sua essência atualmente é a mesma: racista, supremacista e aniquilador de todas as culturas diferentes. O que, por exemplo, só serve para aumentar ainda mais o vexame de Olavo de Carvalho em seu debate contra o Professor Alexander Dugin: defender os Estados Unidos como vítima do globalismo e maior opositor a ele já nasce como uma grande mentira.

O mito da borboleta dourada

Uma estranha criatura, pouco conhecida nas lendas do hemisfério norte, é muito significativa no sul: a epifania da borboleta dourada é uma das curiosas provas da teoria hermética sobre a intensidade da vida do norte (Polo Norte, como o centro da vida real) e o avanço para a morte, em direção à Antártida. Entomologistas chamam tal criatura de mariposa auri sinistra – borboleta dourada agourenta. Da Amazônia ao Zaire, de Madagascar à Polinésia, vemos crenças sobre a borboleta em diferentes personagens, mas sempre sinistras: não voa para o fogo; pode matar apenas por ser fitada e, na melhor das hipóteses, causar doenças – quando visita um berço, causa a morte do bebê. São inumeráveis as lendas sobre os efeitos nocivos da borboleta dourada entre os povos indígenas. A literatura europeia também presta uma homenagem a este monstro entomológico. Aqui está um resumo da história de Hanns Heinz Ewers, “A Vingança da Borboleta Dourada”: um viajante europeu foi até os extremos da Amazônia para fazer a  coleta  de sua coleção entomológica; após deitar para dormir, viu sobre a mesa uma borboleta dourada; tremendo de impaciência, pegou um grampo de cabelo e prendeu a borboleta. Durante o sono, sonhou com um dragão dourado e acordou: a borboleta perfurada girava em torno de sua cabeça, tentando furar seu olho. Apesar de todos os esforços do colecionador, ela assim conseguiu.

Alexander Dugin x Glenn Back: o verdadeiro Cristianismo x modernidade

Glenn Beck, com um pensamento fundamentado no ideal etnocêntrico, racista e atlantista, julga as obras do Professor Alexander Dugin como “revolucionárias’, “fascistas” e “imperialistas”. Além do fator etnocêntrico e racista, marcas do ideal americano, Glenn não possui qualquer noção sobre o ideal ortodoxo de império, muito menos sobre a escatologia cristã ortodoxa e menos ainda sobre a ideia ortodoxa de império. Na verdade, o que ocorre é a famosa tática do ‘acuse-o do que você é”. Nenhum império ortodoxo invadiu territórios impondo seu modelo – as conquistas de territórios pelos impérios ortodoxos sempre foram pacíficas. A própria Rússia, que possui como seu marco espiritual o Batismo de Kiev, foi convertida à Ortodoxia de forma pacífica. A Rússia escolheu ser ortodoxa e o modelo de governo ortodoxo foi aceito sem espadas. Ao contrário do imperialismo estadunidense, uma continuação do imperialismo britânico, o Império Ortodoxo, iniciado no Império Bizantino, nunca foi etnocêntrico, nunca foi racista e sempre permitiu uma aculturação rica. Isso pode ser visto até nos dias de hoje: Igrejas Ortodoxas, embora unidas pela mesma fé, guardam suas particularidades locais – há um Typikon Bizantino e um Typikon Eslavo; diversas diferenças culturais nas práticas litúrgicas e nos cantos religiosos. O mesmo não pode ser dito do imperialismo estadunidense, pois até mesmo alguns católicos romanos americanos se renderam ao ideal americano, mesmo naquilo que contradiz o ensinamento católico. Um exemplo claro disso é o pensador americano William Buckley Jr que, para defender o modelo americano, afirmou que a Igreja era apenas “mãe, não mestra”, pois a Doutrina Social da Igreja reprova o modelo econômico liberal.

São Patrício e o Logos Irlandês

No quinto período da era dos Gaels, os irlandeses realçaram a era de São Patrício, que cristianizou a Irlanda no século V. Antes dele, a crônica falava do bispo Palladius, que veio à Irlanda em 431, enviado por Roma, mas sua imagem foi tradicionalmente fundida à de São Patrício.

Os celtas não consideraram a cristianização como uma mudança identitária radical e revolucionária, dado que a peculiaridade da cristandade irlandesa e da Igreja dos celtas, de modo geral, comparada a muitas outras sociedades europeias, não era estritamente oposta ao mito pré-cristão local, mas o incluía leve e suavemente em sua cultura espiritual. Assim, muitos druidas e personagens mitológicos foram cristianizados, e os santos e discípulos cristãos tornaram-se uma nova versão dos druidas. A cristandade irlandesa é um exemplo único da integração harmônica de tradições pré-cristãs à nova religião.
 

Metafísica Afro-Brasileira

Entre os mais ignorantes há a ideia de que as vertentes afro-brasileiras não possuem uma doutrina metafísica própria: ela seria, num primeiro caso, inexistente, com a religião como um mero sistema étnico, cultural e social ou, em outra possibilidade, um mero agregado sincrético das diversas influências de suas vertentes: o catolicismo romano popular, o kardecismo e a cultura popular. No entanto, as duas opções estão longe da verdade.

De fato, é possível atribuir diversas influências dentro do universo sincrético afro-brasileiro – levando em conta que não há uma religião afro-brasileira institucionalizada, não há um livro sagrado com doutrinas metafísicas expostas claramente ou mesmo escondidas sob mitos, fábulas e contos, como a tradição judaica-cristã e, além disso, há uma infinidade de nações, casas, vertentes e cruzamentos com doutrinas particulares. Para compreender melhor a questão, é preciso fazer um esclarecimento histórico.

Contra-Iniciação: Comentários Críticos sobre Aspectos da Doutrina de René Guénon

A questão da "contra-iniciação" é a mais obscura e ambígua em todo o pensamento tradicionalista. Talvez isso seja resultado da própria realidade do que os tradicionalistas, seguindo Guénon, chamaram de "contra-iniciação". O significado da contra-iniciação é apresentado no livro "O Reino da Quantidade e os Sinais dos Tempos". Em resumo, nós podemos dizer que por contra-iniciação René Guénon compreende a totalidade das organizações secretas possuindo dados esotéricos e iniciáticos, que, porém, dirigem suas atividades e seus esforços para o objetivo que é o exato oposto do propósito da iniciação normal, que é, não alcançar o absoluto, mas uma extinção fatal e dissolução no "reino da quantidade", no crepúsculo externo. Os hierarcas da contra-iniciação, seguindo o esoterismo islâmico, foram chamados por Guénon de "Awliya al-Shaytan", i.e., "santos de Satã". Em sua perspectiva, os representantes da contra-iniciação se encontram por trás de todas as tendências negativas da civilização moderna, e dirigem secretamente o curso dos eventos a caminho da degradação, da materialização e da degeneração espiritual.

O Paradigma do Fim

A análise das civilizações, sua correlação, sua confrontação, seu desenvolvimento, sua interdependência, são questões extremamente difíceis enquanto problemas, seja na dependência dos métodos, na profundidade da pesquisa, onde alguém pode obter resultados não apenas diferentes, mas diretamente contrários. Contudo, mesmo para obter as mais aproximadas conclusões, alguém deve aplicar a redução, reduzir a variedade de critérios para um modelo simplificado. O marxismo prefere apenas a abordagem econômica, que se torna substituta e denominador comum para todas as outras disciplinas. Assim também é o liberalismo (apesar de o ser menos explicitamente). 
A geopolítica, que é menos conhecida e menos popular que uma variedade de aproximações econômicas, mas não menos efetiva e óbvia em explicar a história das civilizações, sugere outro método de redução completamente diferente. Outra versão do reducionismo são as formas diversas de abordagem ética, que incluem "teorias raciais" como seu aspecto extremado.

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